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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ 📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ
📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ.

— Ah para vai, vai ficar tão lindinho. — Brinco apertando as bochechas de Rafael.

— Para tia. — Se esquiva.

Como todos os dias de manhã, eu estou sentada na mesa junto ao meu sobrinho enquanto tomamos café. Rafa tava me contando que os coleguinhas de escola querem usar aquelas botas de caubói na festa junina, o problema é que a criança de nove anos acha isso brega.

Eu também, mas ia ficar tão lindinho nele.

— Come teu pão vai. — Empurro o prato — Que dia vai ser a festa?

— No sábado, mas eu não queria ir.

— E por que não? Festa junina é tão legal, tem comida gostosa.

— Papai disse que ia me levar pra assistir o jogo e a senhora vai trabalhar, não vai ter graça. — Diz emburrado.

— Mas você sabe que eu sempre dou um jeito de ir te ver.

— Papai disse que você sentiu minha falta no final de semana. — Solto uma risada e me levanto da cadeira pra ir abraçar Rafael. — Tô com saudade das nossas noites de leitura, tia.

— O meu bem, sempre que você quiser é só bater na porta da tia. — Me levanto — Agora, vai acordar seu pai que eu preciso ir trabalhar.

O caminho até a livraria é rápido, a primeira coisa que faço assim que destranco a porta de vidro é desligar o ar condicionado. Não sei quantas vezes tive que sair daqui direto pra farmácia atrás de remédios pra gripe. Ajeito algumas coisas da entrada da loja e vou até o balcão, coloco uma música animada e pego o espanador pra tirar a poeira de algum dos livros.

Trabalhar em uma livraria sempre foi meu sonho de pequena, poder passar o dia mexendo com livros me enchia os olhos.

— Tá animada em, Nalice. — Maria diz assim que passa da porta pela porta de vidro. — Esse sorrisinho aí no rosto, quem foi o passarinho que passou pelo seu jardim?

— Não tem nem jardim, imagine passarinho. — Brinco — Recebi uma mensagem da editora hoje cedo.

— E aí? Sobre o livro novo? — Nego com a cabeça — O que então? Achei que você estivesse focada nisso.

É difícil falar pra pessoas que acreditam em você, que você fracassou. Maria sempre foi a que mais me apoiou na escrita, sempre me ajudando a escrever cada capítulo ou pontuando coisas que eu sentia que poderia melhorar. Desde que eu contei que tinham me pedido um livro novo, essa virou sua nova obsessão. Principalmente quando eu contei o enredo.

𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑨-𝑴𝑬 • 𝑹𝑨𝑷𝑯𝑨𝑬𝑳 𝑽𝑬𝑰𝑮𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora