Meta de 45 votos e
50 comentários 🔒ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ
📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ— Ah para vai, não tá tão ruim assim — Maria me olha como se quisesse me matar — Qual é? Todo mundo já criou um perfil em aplicativo de namoro, não é o fim do mundo.
— Você nunca criou — Bia dá risada.
— É — concordo — Essa vergonha eu não passei — o travesseiro voa em mim antes que eu consiga desviar, a gargalhada de Bia é ainda mais alta. — Olha a agressão, Maricota.
— Não sei por que vocês reclamam tanto das minhas ideias — Duda implica cruzando as pernas no sofá de dois lugares — Nunca deu merda pra ninguém.
— Eu quase fui processada — Bia levanta a mão.
— Eu quase fui atropelada — é minha vez de levantar a mão.
Todos os olhares se viram pra Maria que dá de ombros.
— Olha pra minha vida, vocês ainda acham que eu preciso falar alguma coisa? — fala como se fosse óbvio.
Realmente não é mentira, todas as vezes que deixamos Eduarda no comando de alguma coisa, da errado. Uma vez dormimos num Airbnb completamente macabro na Bahia por que ela não pesquisou direito, o dono não parava de bater na porta e sempre tava atrás de alguma de nós. Sem contar no lugar super sinistro que ficava a casa.
— Sabe o que é isso aí? — pergunta sínica — Experiência. Agora você sabe que tem que olhar pros dois lados antes de atravessar a rua — se eu jogar ela dessa sacada, quantos ossos ela quebra? Hipoteticamente falando, sabe?
Juro que as vezes minha vontade é de tacar ela da janela.
— Vocês lembram da vez que ela abandonou a gente sozinha no meio de uma balada no Rio — Bia relembra uma de nossas mil aventuras pelo Rio de Janeiro — Tudo isso pra ir dar pra um cara feio.
— Feio não — levanta o indicador — Estranhamente atraente. — mostra os ombros — E nem vem reclamar, te arranjei o maior gatinho aquele dia e você ignorou o coitado.
— Pelo amor de deus — dou risada — Se aquilo pra você é gatinho.
— Até por que, gatinho pra você é só o seu leitor, não é Alicezinha — me joga uma almofada — Vai, me conta mais desse gatinho.
— Não tem o que contar — me ajeito no sofá de Maria — E por favor, para de chamar ele de gatinho. Me dá arrepios.
— O que te da arrepio é outra coisa, sua safada — Beatriz me cutuca — Vai negar que ele é um gatinho? Cadê seus óculos em?
— Eu vou falar onde estão os meus óculos — a empurro — Já disse que não tem nada pra falar.
— Ah, mas tem sim — Maria larga o celular e aponta pra mim — Essa sua cara de santa não engana ninguém, Anna. Desembucha.
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𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑨-𝑴𝑬 • 𝑹𝑨𝑷𝑯𝑨𝑬𝑳 𝑽𝑬𝑰𝑮𝑨
FanfictionA vida de Anna Alice na escrita sempre foi fácil. Autora aclamada de inúmeros livros de romance, pra ela sempre foi muito fácil se expressar através das palavras. Até se deparar com seu pior desafio, escrever um romance real. Apesar de viver o glam...