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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ 📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ
📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

— Ah para vai, não tá tão ruim assim — Maria me olha como se quisesse me matar — Qual é? Todo mundo já criou um perfil em aplicativo de namoro, não é o fim do mundo.

— Você nunca criou — Bia dá risada.

— É — concordo — Essa vergonha eu não passei — o travesseiro voa em mim antes que eu consiga desviar, a gargalhada de Bia é ainda mais alta. — Olha a agressão, Maricota.

— Não sei por que vocês reclamam tanto das minhas ideias — Duda implica cruzando as pernas no sofá de dois lugares — Nunca deu merda pra ninguém.

— Eu quase fui processada — Bia levanta a mão.

— Eu quase fui atropelada — é minha vez de levantar a mão.

Todos os olhares se viram pra Maria que dá de ombros.

— Olha pra minha vida, vocês ainda acham que eu preciso falar alguma coisa? — fala como se fosse óbvio.

Realmente não é mentira, todas as vezes que deixamos Eduarda no comando de alguma coisa, da errado. Uma vez dormimos num Airbnb completamente macabro na Bahia por que ela não pesquisou direito, o dono não parava de bater na porta e sempre tava atrás de alguma de nós. Sem contar no lugar super sinistro que ficava a casa.

— Sabe o que é isso aí? — pergunta sínica — Experiência. Agora você sabe que tem que olhar pros dois lados antes de atravessar a rua — se eu jogar ela dessa sacada, quantos ossos ela quebra? Hipoteticamente falando, sabe?

Juro que as vezes minha vontade é de tacar ela da janela.

— Vocês lembram da vez que ela abandonou a gente sozinha no meio de uma balada no Rio — Bia relembra uma de nossas mil aventuras pelo Rio de Janeiro — Tudo isso pra ir dar pra um cara feio.

— Feio não — levanta o indicador — Estranhamente atraente. — mostra os ombros — E nem vem reclamar, te arranjei o maior gatinho aquele dia e você ignorou o coitado.

— Pelo amor de deus — dou risada — Se aquilo pra você é gatinho.

— Até por que, gatinho pra você é só o seu leitor, não é Alicezinha — me joga uma almofada — Vai, me conta mais desse gatinho.

— Não tem o que contar — me ajeito no sofá de Maria — E por favor, para de chamar ele de gatinho. Me dá arrepios.

— O que te da arrepio é outra coisa, sua safada — Beatriz me cutuca — Vai negar que ele é um gatinho? Cadê seus óculos em?

— Eu vou falar onde estão os meus óculos — a empurro — Já disse que não tem nada pra falar.

— Ah, mas tem sim — Maria larga o celular e aponta pra mim — Essa sua cara de santa não engana ninguém, Anna. Desembucha.

𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑨-𝑴𝑬 • 𝑹𝑨𝑷𝑯𝑨𝑬𝑳 𝑽𝑬𝑰𝑮𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora