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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ
📖 ã ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

— Isso tá ficando uma bosta. — Reclamo jogando o computador pro lado, Maria suspira ao meu lado e empurra o computador de volta. — Eu desisto.

— Tá ficando ótimo, Alice. — Me conforta — É normal você sentir que tá ruim, mas não tá.

— Tá sim. — Desabafo — Nada sai do jeito que eu quero, a história não tá boa. Ninguém vai gostar disso.

Como sempre, estou vivendo meus dilemas da escrita. Passei o final de semana inteiro sem abrir o arquivo, só tentando relaxar e não pensar nele. As vezes vinha alguma cena boa pra escrever, mas eu desistia de tentar. Agora estou aqui na livraria, aproveitando o clima dos livros pra tentar por em prática tudo o que eu pensei, mas como sempre não flui.

— Não vou publicar isso. — Fecho a tela.

— Ah você vai sim. — Ela abre de volta — Para de pessimismo Anna, você mesma sabe que a história tá incrível.

— O que adianta ela estar incrível, se eu não consigo escrever? — Rebato — Todas as nossas ideias são maravilhosas, eu amo essa história só de imaginar ela. Mas não vai, eu tento, tento, tento e não vai.

— Você tá colocando muita pressão em si mesma, e não precisa disso. — Me puxa pra perto, me abraçando de lado. Me deixo ser confortada por um tempo, minha cabeça continua a mil. Com milhares de pensamentos de que nunca vai dar certo, eu nunca vou conseguir escrever essa história. — Você sabe que consegue, olha só o que Sedex se tornou.

— Sedex não conta. — Resmungo me afastando — Era diferente.

— Por que?

— Por que eu não tinha essa pressão de fazer tudo perfeito, eu escrevia o que queria ler e o que achava que ia ficar bom. — Apoio minha cabeça nas mãos, lembrando de quando tive a ideia de escrever Sedex. Pensar nisso faz parecer que foi a uma década atrás, mas não. Faz menos de um ano que eu publiquei um livro, e que ele fez sucesso. — Acho que é por isso que amo e odeio ela ao mesmo tempo. Eu amo tudo que remete aquela história, mas odeio o que ela me causou. Essa necessidade de ser perfeita, de nunca errar. De fazer a história fluir e manter a essência.

— Você já reparou que tudo o que você ama em Sedex, você também ama em Recompensa? — Olho confusa pra mulher que me passa um pequeno papel com um roteiro que fizemos juntas quando comecei a escrever — Você ama a história, ama os personagens. O romance deles, os sentimentos que eles te fazem sentir. Por que não pode ser igual? Por que você não escreve ela pra você, igual era com Sedex? Escreve o que você quer ler, um romance que você gostaria de viver, aqueles que você sente inveja.

𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑨-𝑴𝑬 • 𝑹𝑨𝑷𝑯𝑨𝑬𝑳 𝑽𝑬𝑰𝑮𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora