A vida de Anna Alice na escrita sempre foi fácil. Autora aclamada de inúmeros livros de romance, pra ela sempre foi muito fácil se expressar através das palavras. Até se deparar com seu pior desafio, escrever um romance real.
Apesar de viver o glam...
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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ 📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ
Solto um suspiro quando termino de autografar o último exemplar de Sedex. A coletiva tinha acabado a uma hora, e estávamos terminando de tirar as fotos.
— Passei na cafeteria. — Maria põe um copo na mesa — Peguei aquele que você gosta.
Tomo um pouco da bebida e estendo a mão pra pegar o próximo livro pra assinar, mas a página já está preenchida. Pela minha letra.
— Pensei que poderia ter uma dedicatória com um pouquinho mais de carinho. — o maluco diz com um sorriso de lado.
Consigo ouvir as risadinhas de Bia e Maria atrás de mim. Confesso que não sei o que responder, é muito mais fácil ignorar ele quando são apenas as mensagens. Mas agora é pessoalmente.
— Tá fazendo o que aqui? — puxo o livro de sua mão.
— Vi a notificação da editora e comprei o ingresso. — diz dando de ombros — Não queria perder.
As risadas atrás de mim se intensificam me fazendo dar um chute de leve em Maria.
— É ele Bia. — ela diz baixinho.
— Ele quem? Quem é esse?
— O da livraria que foi atrás dela, eu te contei. — Suspiro quando escuto. Tenho certeza que não sou a única a ouvir, por que uma risadinha sai dele.
— Ãn? aaaah. — para por dois segundos — AAAAAAAH. Caralho, é ele?
Me viro puta pra trás, as duas estão de braços dados e cochichando uma com a outra.
— Tô morrendo de fome, será que tem algum lanche por aqui? — pergunto de forma sínica tentando expulsar as duas velhas fofoqueiras daqui.
— Ih amiga, deve ter. — Bia dá de ombros — Cê sabe se tem algum lanche por aqui, Maria?
Eu quero morrer. É isso.
Conheço bem essas duas pra saber quando estão querendo armar algo pra mim. Tento negar com a cabeça discretamente pra que ele não perceba, mas é em vão quando Maria responde.
— Não sei também. — Sínica. Sonsa. Cara de pau. Mentirosa — Você sabe se tem, moço?
PORRA.
Não quero virar de frente pra ele, mas escuto sua risada baixa.
— Posso ir ver. — ele oferece — Se você quiser, é claro.
Ótimo, o que eu faço? Fico aqui e finjo que não ouvi ou vou com um maluco que foi atrás de mim só por causa de um texto. É claro que eu não tenho o poder de escolha, pois no momento minhas duas melhores amigas me levantam da cadeira.