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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ 📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

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ᴀɴɴᴀ ᴀʟɪᴄᴇ ꜰᴇʀʀᴇɪʀᴀ
📖 ꜱãᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ᴄᴀᴘɪᴛᴀʟ

Solto um suspiro quando termino de autografar o último exemplar de Sedex. A coletiva tinha acabado a uma hora, e estávamos terminando de tirar as fotos.

— Passei na cafeteria. — Maria põe um copo na mesa — Peguei aquele que você gosta.

Tomo um pouco da bebida e estendo a mão pra pegar o próximo livro pra assinar, mas a página já está preenchida. Pela minha letra.

— Pensei que poderia ter uma dedicatória com um pouquinho mais de carinho. — o maluco diz com um sorriso de lado.

Consigo ouvir as risadinhas de Bia e Maria atrás de mim. Confesso que não sei o que responder, é muito mais fácil ignorar ele quando são apenas as mensagens. Mas agora é pessoalmente.

— Tá fazendo o que aqui? — puxo o livro de sua mão.

— Vi a notificação da editora e comprei o ingresso. — diz dando de ombros — Não queria perder.

As risadas atrás de mim se intensificam me fazendo dar um chute de leve em Maria.

É ele Bia. — ela diz baixinho.

Ele quem? Quem é esse?

O da livraria que foi atrás dela, eu te contei. — Suspiro quando escuto. Tenho certeza que não sou a única a ouvir, por que uma risadinha sai dele.

Ãn? aaaah. — para por dois segundos — AAAAAAAH. Caralho, é ele?

Me viro puta pra trás, as duas estão de braços dados e cochichando uma com a outra.

— Tô morrendo de fome, será que tem algum lanche por aqui? — pergunto de forma sínica tentando expulsar as duas velhas fofoqueiras daqui.

— Ih amiga, deve ter. — Bia dá de ombros — Cê sabe se tem algum lanche por aqui, Maria?

Eu quero morrer. É isso.

Conheço bem essas duas pra saber quando estão querendo armar algo pra mim. Tento negar com a cabeça discretamente pra que ele não perceba, mas é em vão quando Maria responde.

— Não sei também. — Sínica. Sonsa. Cara de pau. Mentirosa — Você sabe se tem, moço?

PORRA.

Não quero virar de frente pra ele, mas escuto sua risada baixa.

— Posso ir ver. — ele oferece — Se você quiser, é claro.

Ótimo, o que eu faço? Fico aqui e finjo que não ouvi ou vou com um maluco que foi atrás de mim só por causa de um texto. É claro que eu não tenho o poder de escolha, pois no momento minhas duas melhores amigas me levantam da cadeira.

𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑨-𝑴𝑬 • 𝑹𝑨𝑷𝑯𝑨𝑬𝑳 𝑽𝑬𝑰𝑮𝑨Onde histórias criam vida. Descubra agora