Ratos!

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Matteo Denaro

- QUE PORRA É ESSA! - grito quando vejo as imagens da câmera de seguranca, do corredor onde fica meu quarto.

Quando vi a cena em meu quarto, pensei que ela queria se matar para não ficar comigo, mas foi por causa dessa filha da puta, saindo de lá, praticamente nua! O pior é ver a empregada sair depois dela. A filha da puta, assim como o chefe de segurança não me informaram nada sobre isso.

- Eu avisei que ela queria seu pau! - Shammuel fala com desdém 

- Filha da puta! - rosno - onde eles estão?

- No calabouço! - shammuel abre um sorriso, aquele é o seu lugar favorito.

- Vamos, vou atrás dessa filha da puta primeiro, depois eu deixo você brincar com eles! - olho para o psicopata abrindo um sorriso lento, gostando do que ouviu.

Saio do escritório já sabendo onde vou primeiro, shammuel me segue devagar como se fosse a porra de um rei e o mundo que o esperasse, mas era o motorista mais rápido que eu conhecia e isso compensava seu andar monótono.

Entramos no helicóptero e seguimos para Palermo onde a primeira vagabunda estaria. Eu pago muito bem aos meus funcionários, além de dar proteção e moradia, para não correr o risco de ser traído por nenhum deles, mas parece que sempre haverão ratos dentro de casa! 

A casa onde estouro a porta e entro, é simples e pequena. A mulher grita com o susto de ter sua casa invadida e corre para dentro de um cômodo, que presumo ser a cozinha, talvez para pegar uma faca e tentar se defender, o que confirmo vendo-a sair de lá empunhando uma e gritando para sairmos.

Sento em seu sofá e cruzo as pernas, me recostando nele, a olhando com raiva, mas me controlando para não quebrar seu pescoço, e shammuel ficou na porta, caso ela tente fugir.

- Olá Agnes! - falo paciente - sente-se, vamos conversar! - Aponto o sofá ao lado do meu.

- Por favor senhor, eu... eu não tenho culpa! - ela começou a tremer e chorar, seu corpo estava em modo de defesa, com a faca apontando de mim para shammuel.

- Sente-se! - ordenei.

Ela olhou ao redor procurando uma possível rota de fuga, mas desistiu ao ver meus homens do lado de fora e andou devagar até o sofá e sentou. - Agora me conte o que aconteceu!

- E... eu estava levando a comida da madame, quando... - suspirou para tentar falar sem tremer -  a senhora estava lá e a madame estava chorando. Foi só isso que eu vi senhor, eu juro! Por favor, não me machuque, eu sou viúva e tenho filhos pequenos - ela gritou chorando e se jogou no chão, jogando a faca para o lado e colocando a cabeça aos meus pés.

- E porque não me contou? - tentei conter a raiva, mas por dentro eu queria estripar essa filha da puta, por causa delas minha mulher se machucou e quase morreu.

- Ela me ameaçou senhor! - ela soluçava em meio as lágrimas - disse que mandaria estuprar meus filhos em minha frente e depois os cortaria em pedaços. - o choro se tornou agoniado - eu não tenho família senhor, como podia ir contra a sua? - Shammuel riu com desdém e me olhou cínico. Pude ouvir seus pensamentos me dizendo que me avisou.

- Ela não é porra nenhuma em minha casa, como poderia ser maior que eu ali dentro? - rosnei perdendo a paciência.

Aquela filha da puta, fodeu com o segurança para invadir meu quarto, fazer minha mulher se cortar e ainda ameaçar meus funcionários?

- Ela falava para todos que  em breve seria a dona da casa, quem iria contra ela, senhor? - a mulher chorava agoniada e eu ri levando os dedos aos meus olhos e os apertando sentindo minha paciência se esvair.

Padre Cameron - Renda-se ao Pecado...Onde histórias criam vida. Descubra agora