29/03/2024 - sexta-feira
O chão de madeira do quarto era enfeitado pelo vestido vermelho cereja e as peças do terno preto, sapatos jogados e sob a cama; dois corpos nus suados. O perfume do desejo no ar, uma sedução que se insinua em gestos e olhares carregados de intenção. Era possível ouvir o pulsar acelerado dos corações, o calor se intensifica à medida que os corpos se aproximam, um convite irresistível para a dança do prazer.
Os lábios borrados e inchados se encontravam em um beijo que falava volumes sem uma palavra sequer, uma promessa de intimidade e uma fusão de almas que deixou uma marca impagável em seus corações.
O quarto cheira a sexo e cigarro, o tesão escorrendo pelas bocas e pernas.
Verônica Torres chupava a buceta da delegada como se fosse a última coisa que ela faria em vida, e talvez fosse; a morena deixava sua língua deslizar sob as dobras molhadas da mulher montada em seu rosto.
Anita sentia como se o paraíso estivesse bem ao seu alcance, mesmo que sua namorada constantemente a chamasse de demônio. E para verônica, a loira realmente era uma demônia, que mandava e desmandava no inferno da sua vida.
Os dedos dos pés de Anita se enrolavam, as coxas grossas se contraiam sob o rosto de Verônica. Uma gota de suor escorria pela testa da loira e caía imoralmente entre o vão dos seios, escorrendo até o final do abdômen.
- Verônica, eu...amor! eu preciso... – Frases sem nexo algum escorriam dos lábios de Anita, o prazer embriagando sua razão.
A morena intensificava ainda mais seus movimentos, a língua afoita pressionava o clitóris com precisão enquanto dois dedos adentravam a buceta que encharcava todo o seu rosto.
- Grita vai, me releva seu lado que você não consegue esconder quando eu te como. – Verônica diz com a voz abafada, sem parar os movimentos de seus dedos.
A morena se afogava nos líquidos que escorriam da loira. A delegada apertava um de seus seios enquanto a outra mão arranhava a parede acima da cama. Os nós dos dedos ficando brancos.
Anita gritava enquanto o calor e o desespero percorriam todo o seu corpo, o formigamento no final da barriga se tornava insuportável para seu corpo aguentar. A loira inclina seu corpo sobre a cabeceira, a mordendo enquanto deixava seus gemidos saírem abafados.
Berlinger pressionava seus dentes com tanta força contra a cabeceira de couro que sua arcada dentaria ficou marcada no couro marrom. Os olhos castanhos assistiam a cena de baixo, enlouquecendo junto a sua mulher.
- Goza pra mim, gostosa. – A morena ordena e deixa um tapa estralado na bunda da loira. Anita tinha certeza que aquele tapa ficaria marcado por dias.
E Anita prontamente obedeceu, se desfazendo na boca inchada que sugava com veemência tudo que lhe era oferecido. Os gemidos sôfregos e manhosos ainda saiam da boca de Anita, sua sensibilidade estava aguçada.
Mas Verônica não estava satisfeita, Anita mal tinha se recuperado no seu orgasmo quando seu corpo é jogado sem delicadeza alguma na cama. A boca com seu gosto cobrindo a sua.
A loira nem mesmo percebeu quando estava de quatro, os braços atirados sobre a cama e a bunda empinada. A cabeça era puxada para trás sem nenhum cuidado pela morena.
Três dedos invadiam sua buceta, atingindo o local exato que sabiam que precisavam atingir. A boca de Anita não era capaz de segurar nenhum gemido, as pupilas se dilatavam e a visão turva. Ela já estava próxima ao ápice de novo.
- Admita que é uma puta, Anita. Mas só para mim. – Verônica cochicha ao pé do ouvido da loira.
Um tapa alto ecoa pelo quarto escuro, a bunda de Anita marcada pela mão direita de Verônica; a marca da aliança de prata ficando tatuada na pele branca.
- Ainda não ouvi, Anita. – Verônica instiga a loira a lhe dar a resposta que queria.
-Sou...sou sua puta, Verônica! Não para, por favor. – Anita suplicava entre gemidos.
- Goza, eu quero ver... – A morena ordena enquanto puxa os fios loiros para trás.
Os quadros da parede acima da cama tremiam devido a força que a cama batia na parede, as pequenas unhas de Anita arranhando os lençóis brancos e macios da cama.
Com um grito alto, Anita se entrega ao prazer. Se desmanchando pela segunda vez na mão da sua mulher. Verônica leva os dedos molhados até a boca da delegada, tomando a língua com a sua em seguida.
Aos poucos o ar voltava aos pulmões e o sangue voltava a correr na velocidade normal. Verônica deita sua cabeça sob o peito de Anita, apreciando os batimentos cardíacos acelerados em meio ao silencio do quarto.
Berlinger ainda tremia quando acendeu um cigarro, o levando para a boca da mulher em seu colo. Anita deleitava chupões na pele suada de Verônica enquanto ela tragava do seu cigarro.
- Eu estava com saudade de você... – Anita diz passeado o nariz pelo pescoço marcado.
- Eu estava com saudade de nós...preciso de você. – Verônica diz antes de soltar a fumaça na boca da delegada e abaixar sua cabeça para sugar o seio que tinha um piercing prateado na auréola.
Os lábios se juntando em um beijo fervoroso, as línguas se rodavam e se puxavam. O gosto de Anita presente nas duas bocas.
E assim, em meio à intensidade do momento, o mundo ao redor desaparece, deixando apenas o calor daquele encontro, o sabor único e a sensação de satisfação que apenas um sexo verdadeiro pode proporcionar.
Já se passavam das cinco da manhã quando finalmente saciaram o desejo mútuo. Quando Verônica acordou, o corpo da loira não estava mais ao seu lado. Com certa desconfiança conferiu o relógio do celular, eram nove da manhã.
Pensando que talvez a loira pudesse estar no andar de baixo da casa, Verônica opta por tomar um banho, relaxando o corpo enquanto apreciava as marcas e arranhões que Anita deixou no seu corpo.
Somente quando saiu do banheiro a morena percebeu a presença de um post-it no espelho do quarto. "Sai para correr, linda! Fiz panquecas, aproveita :) Te amo."
Desde quando a loira corria aos sábados? Verônica sabia que era normal aos domingos, mas no sábado nunca havia acontecido. E pela forma que elas se amaram durante a madrugada, a morena esperava que pudesse acordar com a mulher ao seu lado.
Resolvendo deixar seus questionamentos de lado, Verônica desce até o andar principal para tomar o seu café da manhã. Se deparando com a mesa posta e panquecas com uma aparência muito boa.
O barulho da campainha interrompe o café que ela iria tomar. Não havia recebido nenhuma ligação da portaria do condomínio, então só poderia ser Anita.
Uma risada debochada escapa dos lábios rosados de Verônica, planejando zoar com a cara da sua namorada por ter esquecido novamente a chave de casa. Sem nem mesmo se preocupar em conferir o visor da câmera que havia na porta, a morena abre a porta.
- Olga? – O tom de desapontamento e confusão era percebível na voz da morena.
Milhares de pensamentos corriam na mente de Verônica, milhares de perguntas, mas nenhuma resposta. O que aquela mulher queria ali, e a aquelas horas?
*
Oito horas depois, eu voltei :)
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Betrayed | Veronita Fanfic
FanfictionNo agitado cenário da cidade grande, Verônica Torres e Anita Berlinger vivem em um relacionamento perfeito, mas uma noite pode destruir tudo. Quando Verônica descobre a traição de Anita, seu mundo desmorona, deixando-a perdida em um mar de desilusã...