Capítulo 13

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Chego em um galpão abandonado e vejo o carro do Murilo, deixo meu celular no carro pra ter uma localização fixa pra Maiara e entro no lugar.

Vejo o Murilo andando de um lado pro outro igual uma barata tonta e a Maraisa no chão, ela parecia estar desacordada.

- Meu amor, tu veio - ele diz vindo em minha direção após me ver ali.

Olho pra Maraisa e ela abre os olhos de vagar com a roupa e o rosto cheios de sangue.

- Tu achou que ia fugir com ela e meu filho e eu deixaria por isso mesmo? - ele diz rindo.

- Solta ela Murilo, eu faço o que quiser.

- Primeiro quero ouvir que me ama e depois quero um beijo - olho fixamente pra Maraisa no chão e olho pra ele.

- Eu.. Eu.. - olho novamente pra Maraisa e ela faz cara de choro - eu te odeio filho da puta.

Ele me soco na barriga me fazendo perder o ar e me segura pelo cabelo.

- Fala sua vagabunda!

- Eu te amo - digo chorando de dor.

- Agora meu beijo.

Olho pra Maraisa e ela fecha os olhos, ele juntas nossos lábios e me segura naquele beijo, mas logo se afasta.

- Tá vendo Maraisa - ele diz a olhando - ela é minha mulher.

- Ela nunca vai ser sua seu doente - ela diz gemendo de dor - ela me ama.

- Ela é minha e eu vou te provar isso - ele me puxa até uma mesa e me força a deitar lá.

Ele amarra minhas mãos e olha novamente pra Maraisa.

- Já que ela é tão sua então quero que tu veja como ela faz amor comigo.

Ele se aproxima de mim e tira meu shorts e minha calcinha junto, ele se reaproxima de novo, tiro coragem de onde não tem e o chuto no abdômen.

- Filha da puta - ele se aproxima da Maraisa e da um chute nela.

Ela solta um gemido de dor e começa a chorar fazendo ele voltar até mim.

- Cada chute que me dar eu vou devolver nela, então para com isso vagabunda!

Ele se aproxima de mim e eu fecho as pernas fazendo ele se afastar e querer ir em direção a Maraisa novamente.

- Não - ela digo segurando o choro - não machuca ela, eu faço o que quiser.

Ele volta até mim e tira a calça dele, afasta minhas pernas e me penetra de uma vez me fazendo chorar.

Isso me fez lembrar de todas as vezes que ele me forçou a transar com ele, de todas as vezes que fui violada como mulher.

"- Murilo, eu não posso transar contigo, nosso filho acabou de nascer.

- Cala a boca vagabunda - ele me dá um tapa na cara - cumpre seu papel de esposa.

Ele me segura pelo pescoço me deixando quase sem ar.

- Tira a roupa.

- Murilo - digo chorando - por favor, tu não era assim.

Ele rasga minha camiseta e me joga na cama.

- Tira a porra da calça.

- Por favor - digo chorando e com muito medo dele.

- Sua vagabunda, eu ainda te mato!

Ele tira minha calça e tira sua roupa, ele rasga minha calcinha e me penetra de uma vez me fazendo sentir uma dor muito forte.

Começar a chorar mais ainda pois afinal minha vida sexual não estava ativa por causa da gravidez."

Naquele momento de estar passando por tudo aquilo de novo, meu choro não era apenas por ser abusada de novo.

Eu estou submetendo a Maraisa a presenciar aquilo tudo, ela sempre me amou desde a primeira vez que me viu.

Eu escolhi um namorado que no começo era maravilhoso mas depois do casamento virou um monstro.

A Maraisa é uma mulher maravilhosa e eu faria qualquer coisa por ela, pena que eu vi isso tarde de mais.

Eu acabei com a vida da mulher que eu amo por não aceitar que eu a amava.

É como um tiro no peito, um grito no meio do nada, é uma dor que dói tanto que te deixa perdido em meio tanta confusão que está em sua mente.

Ver a Maraisa jogada naquele chão toda machucada me fez refletir no quando ela me ama e faria tudo por mim.

Me sinto culpada por tudo isso pois eu sempre tive o amor dela, mas afinal, será que eu mereço ele? Ela não merecia estar passando por isso.

Ela sabia que estava se colocando em risco fugindo comigo, não a culpo por ter feito isso pois eu tive a ideia de fugir, a culpa foi minha por colocá-la dessa situação.

Murilo termina o ato e se afasta de mim ido até a Maraisa após por a calça.

- Ela é minha, viu? Posso fazer isso quando eu quiser - ele diz a ela.

Eu coloquei o amor da minha vida em perigo e agora estou correndo o risco de perdê-la por aceitar tarde de mais que eu a amava.

Os pensamentos estão me matando aos poucos então permito minhas lágrimas descerem em silêncio.

Ele se aproxima de mim e solta minhas mãos, coloco a roupa mas não paro de chorar.

- Tu é minha Marília, só minha, então o jeito é tirar a Maraisa do caminho - ele diz pegando a arma e aprontando pra ela.

Não penso duas vezes em ir até ela pra protegê-la do tiro e fico a sua frente, quando menos espero ouço dois tiros.

Vejo a Maraisa chorar de dor e ouço um barulho de alguém caindo no chão, olho pra trás e vejo Murilo caído enquanto a Maiara se aproxima correndo e desamarra as mãos da Maraisa.

- Eu ainda mato essa vagabunda Marília - Murilo diz gemendo de dor pelo tiro na perna - tu não vai proteger ela pra sempre.

Olho pra Maraisa e ela está desacordada, olho pra sua barriga e está sangrando muito, ele acertou ela com um tiro.

- Maraisa - a chamo entrando em desespero - por favor, acorda.

Ela estava inconsciente por causa de mim, eu matei a mulher da minha vida.

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Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora