Capítulo 48

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Pov Marília.

- Por que eu estava no hospital? - ela diz ainda abraçada comigo.

- É uma longa história então vou começar do começo pra tu entender melhor - sorrio fraco - lembra quando eu discuti contigo na areia e tu voltou pro quarto?

- Lembro, mas não sei o que aconteceu depois disso, só sei que eu deitei na cama e não lembro de mas nada.

- Então, eu fiquei um pouco sentada lá na areia pensando em tudo que eu fiz e percebi que eu estava errada pois seu medo era compreensível, falei com um dos seguranças que estava lá comigo sobre reforçar sua segurança pois afinal não sabíamos quem tinha tirado aquela foto - fiz uma pausa - quando eu voltei pro quarto tu estava dormindo então pensei em ir até a cidade e comprar umas coisas pra te pedir desculpas, pensei que estaria segura aqui.

- Mas eu estava né?

- Não, tu não estava.

Ela me olha atentamente esperando por uma continuação.

- Quando eu voltei da cidade eu estranhei tu não estar no quarto e nem na piscina, esperei por duas horas na esperança de tu voltar logo e eu poder me desculpar mas tu não voltou, então decidi ir até a área de segurança do resort pra olhar as câmeras, nas imagens mostraram eu saindo e uns vinte minutos depois um homem de capuz entrando e saindo em alguns minutos empurrando sua cadeira.

- Isso realmente aconteceu?

- Sim, quando eu vi aquilo eu entrei em desespero pois eu sabia que o Murilo estava solto.

- Estava? Como assim?

- Vou chegar nessa parte, calma - sorrio fraco - depois que eu vi aquela imagens eu chamei a Maiara e a Luísa no quarto, pedi pra Luísa ficar com o Léo e disse que iria atrás de ti, conversei com os seguranças e eles acharam que tu estava comigo por isso não ficaram cuidando de ti no quarto, quando eu menos esperava um número desconhecido de ligou em chamada de vídeo e era o Murilo, ele estava contigo em um lugar um pouco longe daqui e pediu pra eu ir sozinha.

- eu tô ficando com medo dessa história pois não vi nada disso.

- quando eu cheguei tu ainda estava desacordada, então eu resolvi jogar o joguinho dele pra poder te tirar de lá em segurança, dois seguranças haviam ido comigo então eu não estava em perigo, quando o Murilo acreditou no meu joguinho eu chamei ele pra ir pra um motel.

- Tu transou com ele? - ela se levanta e fica sentada me olhando.

- Não, eu estava fazendo o joguinho dele mas não transei e nunca transaria com ele - fiz uma pausa - quando saímos os seguranças tiraram tu do local onde estava e trouxeram pro resort, na entrada no motel eu deixei um bilhete dizendo que eu estava sendo sequestrada então chamaram a polícia, invadiram o quarto e levaram ele preso completamente nu.

- Ele estava sem roupa? - ela pergunta rindo.

- Sim, ele tirou e pediu pra eu tirar a minha também, mas eu dei a desculpa de pedir um champanhe pra comemorarmos a nossa "volta" - fiz aspas com os dedos - foi o tempo que a polícia demorou pra chegar e levar ele preso.

- Eu não acredito que aconteceu tudo isso e eu não vi nada, se fosse pra eu morrer eu tinha morrido e não tinha visto nada.

- Tu não vai morrer, eu não vou deixar, se tiver ao meu lado sempre vou te proteger.

- Eu te amo Lila, obrigada por tudo.

- Não precisa agradecer e eu também te amo.

- Tu ainda não me falou o que eu estava fazendo no hospital e que história é essa de sonífero?

- Ah - sorri fraco - tu estava lá por que eu queria ter certeza que foi apenas um sonífero que tu tomou, Murilo mandou colocarem no seu suco e isso fez tu dormi por horas me deixando preocupada, então te levei pra ter certeza que tu estava bem.

- Tu sempre se preocupando comigo né?

- Claro, tu e o Léo são minha família, eu não tenho mais ninguém além de vocês.

- Tu tem sua mãe, ela está presa mas continua sendo sua mãe.

Abaixo a cabeça e respiro fundo pra prosseguir.

- Ela morreu.

- Como assim morreu?

- Espancaram ela na cadeia, ela não resistiu.

- Meu deus amor, como tu tá com tudo isso?

- Eu não sei - digo segurando o choro.

Por mais que ela tenha me feito mal, era minha mãe, mesmo não tendo o amor de mãe dela, ela tinha o meu amor de filha e saber que ela está morta doía muito.

Ao perceber que eu queria chorar, Maraisa me abraçou forte, seu abraço era meu único porto seguro e era minha única base de apoio em todas as ocasiões, estar com ela me faz bem, faz eu me sentir viva e eu amo isso.

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Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora