Capítulo 17

74 16 5
                                    

Pov Maraisa.

- Bom dia meu amor - digo sentando na cama com minha cabeça explodindo e vendo a Marília olhando pela janela.

- Bom dia - ela me olha e sorri fraco - como tu tá?

- Minha cabeça tá explodindo e eu tive um sonho estranho.

- Que sonho?

- No sonho tu disse que tava grávida - sorrio fraco - foi estranho por que eu lembro de ter saído de casa depois de ter te empurrado.

- Isso não foi um sonho - ela volta a olhar pela janela - eu tentei conversar contigo mas tu me empurrou e saiu, te achei de madrugada em um posto de gasolina bêbada, por isso a dor de cabeça.

- Tu tá grávida?

Ela fica em silêncio e eu entendi como um sim.

- Tu me traiu Marília? - pergunto segurando o choro.

- Eu nunca te trairia Maraisa - ela diz com voz de choro - mas tu não vai acreditar em mim.

- Se não trairia, como explica esse filho?

- Mara, eu-

- Maraisa, esse é o meu nome!

- Maraisa, eu não posso te contar, por que não posso te forçar a lembrar, mas esse filho foi fruto de um estupro.

- Conta outra Marília - dou um sorriso sínico - não tem uma desculpa melhor pra sua traição?

- Não estou mentindo, mas como não acredita eu vou pegar minhas coisas e meu filho e vou embora.

- É só me falar a verdade Marília.

- Eu queria estar mentindo mas tô vendo que não acredita em mim - ela olha pra mim com os olhos cheios de lágrimas - eu vou embora Maraisa.

- Tá bom - digo deitando de novo e segurando o choro.

Minha cabeça dói e eu não consigo pensar, só consigo ouvir o barulho do zíper da mala sendo fechado.

- Espero que um dia tu se lembre do motivo e veja que eu não te trai - ela diz na porta - se cuida Maraisa.

A porta se fecha, não consigo controlar minhas lágrimas e permito elas descerem.

Eu não sei o que fazer, não me lembro de uma parte da minha vida mas a Marília usou isso como desculpa.

Isso machuca muito, se ela me falasse a verdade poderíamos conversar e resolver mas ela fica mentido.

//

1 mês depois.

- Irmã - Maiara diz - eu acho que tu fez errado em deixar a Lila ir embora.

- de novo esse assunto? - digo fechando a cara - nem uma desculpa boa ela deu.

- Não é desculpa irmã, se tu tentar se lembrar pelo menos do que aconteceu tu vai entender.

- Mas que saco, até tu vai defender ela?

- Não estou defendendo irmã, só acho injusto.

Ela pra de falar e minha cabeça dói muito, vem flash's da Marília amarrada em uma mesa e um homem a sua frente mas não lembro o rosto.

- Metade - digo com as mãos no rosto por causa da dor e os cotovelos apoiados na mesa - ela estava numa mesa?

- Quem? - ela me olha confusa.

- A Marília.

- Quem te falou isso?

- Eu senti uma dor forte na cabeça e eu vi flash's dela amarrada e um homem que não sei quem é na frente dela.

- Tu se lembrou de algo mais?

- Não.

- O dia que ela foi estuprada tu estava lá e respondendo sua pergunta, sim, ela estava amarrada em uma mesa.

- Eu preciso falar com ela metade, ela estava me falando a verdade e eu não acreditei nela.

//

Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora