Capitulo 20

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Pov Marília.

- Aí Mai, tô tão feliz que ela se lembrou que foi o Murilo que me engravidou - digo sentada na mesa.

- Ela vai se lembrar de tudo Lila, só vamos ter paciência e esperar o tempo dela.

- Mesmo que ainda foi essa história, eu tô feliz por ela se lembrar e acreditar em mim.

- Vai ficar tudo bem Lila.

- O que vai ficar tudo bem amor? - Maraisa diz entrando na cozinha.

- Eu e a Mai estávamos conversando sobre tu estar se lembrando das coisas.

- Ah, entendi - ela senta do meu lado - Metade, sabia que eu vou ter uma filha?

- Oshi, tu tá grávida?

Ela fala e eu e a Maraisa começamos a rir.

- Claro que não né? - ela diz ainda rindo - eu não mas o meu amor sim.

- É menina Lila?

- Sim, adivinha o nome que a Maraisa escolheu.

- Sofia ou diana - ela diz me olhando - mas acho que é diana.

- Tinha que ser coisa de gêmeas mesmo, puta que pariu - digo rindo - acertou, é diana.

- A Maraisa sempre quis ter uma filha com esse nome por isso eu sei - ela diz rindo.

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Pov Maraisa.

Decidimos assistir um filme pra hora passar mais rápido, mas fomos interrompidas pela campainha tocando, me levanto e vou abrir a porta.

- boa tarde, sou oficial de justiça, estou procurando Carla Maraisa Henrique Pereira, é tu?

- Sim.

- Assina aqui fazendo favor.

Assino o papel que ele pediu e ele me entrega outro.

- Obrigada - digo e ele sai.

Entro e fecho a porta, tenho medo do que tem nesse papel e vou até a sala fazendo a loira me olhar.

- Quem era amor? - ela pergunta me olhando.

- Oficial de justiça, me entregou esse papel, não sei do que se trata mas tô com medo de abrir.

- Posso ver?

Me aproximo dela e sento ao seu lado, entrego o papel e ela começa a ler.

- É sobre o que amor? - pergunto sentada ao seu lado.

- É uma intimação pra tu depor contra o Murilo.

- Mas por que eu? Ele abusou de ti não de mim, não foi?

- Amor tu pode não se lembrar mas ele tá preso por sequestro e tentativa de homicídio, eu não denunciei o estupro.

- Não era por causa de um carro roubado?

- Desculpa ter mentido, eu não podia te contar, mas com essa intimação não tem como esconder mais nada de ti.

- O que tá acontecendo? - digo com medo - me fala por favor.

- Vamos subir? - ela diz me olhando.

Concordo com a cabeça e subo pro quarto com ela.

- Senta aqui amor - ela diz sentando na cama - eu não deveria te contar mas tu precisa saber o que aconteceu naquele dia.

Me sento ao seu lado e ela me olha.

- Vou te contar desde o começo, só quero que saída que eu te amo muito e tudo que fiz foi pra ele não te machucar ainda mais.

- Eu te amo, agora fala.

- Naquele dia a Mai estava vindo ver a gente.

"- Maraisa, não trás a Marília e nem o Léo - Maiara diz com voz de preocupação."

- Ela me ligou e falou pra eu não te levar comigo, porquê?

"- Uma Land Rover preta."

- Tinha um carro segundo ela, era uma-

- Land Rover preta?

- Tu está se lembrando amor - ela diz com um sorriso.

"- Ele tá seguindo a Maiara, eu vou buscar ela e tu fica aqui com o Léo, vou pra longe daqui pra ele não saber onde tu tá com nosso filho."

- Depois que eu fui buscar a Maiara, o que aconteceu?

- Tu foi pra um supermercado com ela pra me ligar, tu falou comigo e uns 10 minutos depois a Maiara me ligou chorando, tu se lembra o que aconteceu nesse tempo de 10 minutos?

"- Mais um movimento e eu atiro - a voz masculina diz atrás de mim."

- "Mais um movimento e eu atiro", um homem disse isso.

"- Quanto tempo Maraisa - ele acelera o carro e dirige pra longe.

- O que tu quer de mim?

- Minha mulher e meu filho, eu sei que está com eles!

- Eu não estou com ninguém, para esse carro.

- Não até ela vir até tu e ver eu te dando um tiro - ele diz rindo.

- Tu não era assim, sempre fomos amigos.

- Cala a boca filha da puta - ele bate com a arma na minha barriga me fazendo sentir uma dor muito forte e soltar um gemido pela dor."

Começo a tremer a a Marília percebe.

- Amor, calma - ela me abraça - tu se lembrou de algo mais né?

Não digo nada, o medo toma conta de mim e eu só consigo chorar.

- Deita aqui comigo - Marília diz dentando na cama e me chamando com a mão

Deito ao seu lado e ela me abraça forte.

- Tu tá segura aqui comigo amor e ele tá preso.

Não digo nada e continuo chorando, ela pega minha mão e coloca na sua barriga me fazendo sentir nossa pequena mexer de novo, sou um sorriso mesmo chorando e ela começa a rir.

Dou um selinho nela e outra em sua barriga, deito a cabeça em sei peito e suspiro aliviada, me sinto segura com ela e isso me acalma.

Acabo pegando no sono.

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Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora