Capítulo 19

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Pov Maraisa.

- Lila - olho pra ela - tu vai voltar pra casa comigo né?

- Tu quer que eu volte?

- Claro, não vou te deixar sozinha aqui!

Ela sorri e começamos a arrumar nossas coisas. Ainda me culpo por não acreditar nela.

Eu não deveria me deixar levar pelas incertezas, mas fico feliz por ela entender meu lado.

Mesmo sentindo a sensação de não me lembrar de algo, lembrar do estupro mesmo que seja de flash's me fez ver como errei com ela.

- Lila - digo segurando o choro.

- Oi meu amor - ela me olha preocupada pela voz de choro - tá tudo bem?

- Eu te amo muito - digo com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu também te amo amor - ela se aproxima - mas por que tá chorando?

- É por que fui injusta contigo - digo cabisbaixa - mesmo que eu não me lembrasse, eu deveria ter acreditado em ti.

- Amor, calma, olha pra mim - ela segura meu rosto me fazendo olhar nos seus olhos - está tudo bem, eu sai de casa já sabendo que lembraria e eu poderia estar contigo de novo, eu não te falei nada por que o médico pediu, eu ia te falar sobre a gravidez no dia que acordou mas ele achou melhor não dizer nada.

- Me perdoa - digo chorando e abraçando ela.

- Calma meu amor - ela me abraça forte - tá tudo bem.

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- Amor - digo chamando sua atenção - estamos quase chegando.

Ela concorda com a cabeça e olha novamente pra janela.

Pegamos a estrada pra voltar pra casa, estamos quase chegando mas sinto uma dor de cabeça muito forte que começa a atrapalhar minha visão.

Paro o carro no acostamento e Marília me olha sem entender nada.

- Ta tudo bem amor? - ela diz me olhando.

- Minha cabeça tá doendo muito, parei o carro por que tá atrapalhando minha visão e não quero colocar tu e nossos filhos em risco.

- Quer que eu continue? Tu deve estar cansada.

- Não precisa Lila, só espera um pouco para passar a dor - digo apoiada com a cabeça no volante e com os olhos fechados.

A dor só aumentava, parecia que minha cabeça ia explodir a qualquer momento.

- Mara - diz a loira - deixa eu dirigir e tu descansa.

"- Tá vendo Maraisa - ele diz me olhando - ela é minha mulher.

- Ela nunca vai ser sua seu doente - digo com muita dor - ela me ama.

- Ela é minha e eu vou te provar isso - ele puxa ela até uma mesa e força ela a deitar lá.

Ele amarra suas mãos e me olha.

- Já que ela é tão sua então quero que tu veja como ela faz amor comigo.

Ele tira seu shorts e sua calcinha junto, quando ele se aproxima dela, ela o chuta.

- Filha da puta - ele diz se aproximando de mim e me dando um chute na barriga.

Solto um gemido de dor e começo a chorar fazendo ele voltar até ela.

- Cada chute que me dar eu vou devolver nela, então para com isso vagabunda!

Ele se aproxima mais dela e ela fecha as pernas fazendo ele se afastar e querer vir em minha direção novamente.

- Não - ela diz com voz de choro - não machuca ela, eu faço o que quiser.

Ele volta até ela e tira a calça, afasta suas pernas e a penetra de uma vez fazendo ela chorar.

Ver ela sendo estuprada na minha frente e não conseguir fazer nada pra ajudar dói muito.

O choro dela parecia ser de dor, medo e angústia por estar passando por aquilo de novo. O jeito que ele batia nela me fez lembrar da nossa conversa de hoje mais cedo."

Levanto a cabeça e a loira me olha.

- Por que o Murilo tá preso?

- Ele roubou um carro, já te falei isso.

- Quem te estuprou?

- Por que isso agora?

- Só ele poderia dizer que tu é a mulher dele.

Ela abaixa a cabeça e não diz nada.

- Ele é o pai da Diana Lila?

Ela concorda com a cabeça mas não diz nada.

- Lila - digo a olhando.

Ela me olha e seus olhos estão cheios de lágrimas.

- Desculpa - digo me aproximando dela - eu não-

- Tá tudo bem - ela me interrompe e abaixa a cabeça de novo.

Abraço ela e ouço seu choro baixinho, não deve ser fácil pra ela lembrar disso mas eu não tive escolha a não perguntar.

Eu me sinto culpada por deixá-la assim, eu não queria que nada disso tivesse acontecendo.

- Calma amor - digo abraçando ela mais forte - eu não deveria ter tocado nesse assunto.

Ela me solta do abraço e me olha.

- Amor - ela sorri fraco e limpa as lágrimas.

- Oi amor - digo um pouco preocupa.

- Eu sei que não é o momento mas também não sou eu que decido isso - ela me olha nos olhos e da um sorriso - eu acho que a Diana tá querendo dizer "oi" pelo chute que ela me deu agora.

- É sério? - digo rindo.

- Olha.

Ela encosta no banco e levanta a camiseta, ela pega minha mão e coloca um pouco acima do seu umbigo e eu sinto um chute.

- Eu te amo muito - digo com os olhos cheios de lágrimas e olhando pra ela que também está com um sorriso - obrigada por me dar uma família maravilhosa.

- eu também te amo - ela diz com um sorriso e quase chorando de novo.

- Para de chorar amor - digo limpando as lágrimas do seu rosto - o bebê sente.

Ela começa a rir e limpa as lágrimas.

- Tu tá melhor? Quer que eu dirija?

- Eu tô bem amor - digo com um sorriso - depois que senti nossa pequena chutar eu tô ótima, pode ficar tranquila, eu termino de chegar.

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Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora