Capítulo 31

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Último capítulo da maratona! 5/5

Pov Marília.

Era ela o tempo inteiro? Como ela teve coragem de me machucar dessa forma? Tirar minha filha de mim, colocar a Maraisa numa cadeira de rodas e ainda viver como se nada tivesse acontecido, eu esperava qualquer coisa dela, menos isso, eu amava minha mãe, se é que ainda posso chamá-la assim, eu a amava muito mesmo depois de ter me dado aquele tapa na cara, mas e agora?

- Amor - Maraisa chama minha atenção fazendo eu olhar pra ela - Calma por favor.

Não digo nada apenas tento parar de chorar pra poder voltar pra dentro do tribunal.

Alguns minutos se passam e eu entro novamente com a Maraisa pra ouvir a sentença do Murilo, me sentei e esperamos um pouco até que os jurados entrar e ficamos de pé novamente pro juíz entrar, ele entra e se senta, fazemos o mesmo e ele começa a falar.

- De acordo com o julgamento, provas e motivos pelo qual o réu está sendo julgado hoje, o júri se reuniu e proferiu a seguinte sentença, Murilo Huff é considerado culpado por sequestro e tentativa de homicídio, começará a cumprir pena a partir da saída daqui e ficaria em reclusão por dez anos, devido a ser uma tentativa a pena diminuirá em cinco anos e mais o sequestro somamos três anos, ou seja, ele ficará em reclusão por oito anos sem previsão a condicional, declaro esse julgamento encerado - ele bate o martelo e sai.

Ele vai ficar preso por oito anos, oito anos sem perturbar a gente, olho pra Maraisa e ela sorri pra mim, ela ficou feliz com a sentença do Murilo, sorrio fraco de volta ainda pensando em tudo que aquela mulher fez pra mim, ela não merece ser chamada de mãe por que ela foi tudo, menos minha mãe.

- Vamos pra casa? - Maraisa diz me olhando.

Assenti com a cabeça e me levantei, empurro a cadeira dela de vagar até a porta e dou de cara com o Murilo esperando pra ser levado ao presídio.

- Tu vai me pagar caro por esses oito anos Marília - ele diz me olhando.

- Eu... Eu... - digo sentindo uma sensação estranha de medo misturada com angústia - eu não te fiz nada Murilo.

- Tu é minha mulher e fugiu com essa puta - ele diz com cara de raiva - olha o que essa vagabunda fez, agora vou perder oito anos da vida do meu filho por causa de vocês duas.

- Ele é meu filho, eu estou criando ele - Maraisa toma frente - lava a sua boca pra falar da gente, pelo menos não sou um escroto que abusa e bate em mulher pra conseguir sentir prazer.

- Filha da puta - ele se levanta de onde está sentado pra vir até Maraisa mas entro na frente.

- Não encosta nela - digo olhando em seus olhos.

Pela primeira vez eu enfrentei ele, segurei meu medo pela mão e apenas fui defender minha mulher como ela deve ser defendida, eu deveria ter feito isso desde o começo mas eu não consegui e chegamos onde chegamos.

- Sai da minha frente que minha conversa é com essa desgraçada e não contigo!

- Só se passar por mim primeiro - digo firme e sem demonstrar o medo imenso que eu estava sentindo.

Os policiais se aproximam vendo que ele está perto de nós e o tira de perto fazendo ele ficar mais puto, suspiro aliviada e olho pra Maraisa que está parada me olhando com uma cara de "que?" por eu ter defendido ela daquela forma.

- Essa é minha mulher mesmo? - ela diz e sorri me fazendo sorri de volta - a minha Marília não faria isso.

- A sua Marília faria qualquer coisa pra não deixar ninguém te machucar mais - digo chegando perto do seu rosto e dando um selinho seguido de um sorriso.

Amor em segredo (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora