Luiza e Valentina convivem desde criança, em uma fazenda no Interior do Rio de Janeiro.
Os pais de Luiza foram trabalhar na fazenda dos pais de Valentina.
Ambas são amigas inseparáveis desde a infância, junto dos irmãos de ambas.
O destino as separ...
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Os pais de Luiza e Anny conversaram com elas sobre a necessidade de se mudarem para Goiânia. Explicaram que a mãe de Arthur, avó delas, estava muito doente e precisava de dinheiro para o tratamento. Além disso, não conseguiam cuidar das duas meninas ali na fazenda. Anny ficou triste, pois sentiria falta de Rayssa. Mas Luiza ficou ainda mais abatida. Ela começou a imaginar como seria ficar longe de Valentina e Davi, e o pensamento a deixou desolada, angustiada e ansiosa, sentimentos tão difíceis de lidar.
Ao ouvir seus pais, Luiza sentiu um aperto no peito. A ideia de deixar a fazenda e se afastar de Valentina a deixava desolada. Anny estava triste, mas parecia mais compreensiva.
Luiza pediu licença aos pais e foi conversar com Valentina. Encontrou-a no jardim, cuidando das flores.
L - Valentina, preciso falar com você.
V - Claro, Luiza. O que aconteceu? Você parece preocupada.
L - Meus pais decidiram que vamos nos mudar para Goiânia. Minha avó está doente e eles precisam de dinheiro para cuidar dela. Não conseguiremos ficar aqui na fazenda.
V - O quê? Mas... e nós? Nossa amizade? E Davi? E nossos sonhos? Nossas conversas e brincadeiras?
L - (com lágrimas nos olhos) Meus pais disseram que é muito longe. Eu não quero ir, Valentina. Não quero ficar longe de você, do Davi. Nossas idas para escola, nossos passeios, banhos na cachoeira... vou sentir falta até das implicâncias. Das comemorações dos nossos aniversários, dos presentes recebidos.
V - (segurando as mãos de Luiza) Vamos encontrar uma solução, Luiza. Não vou deixar que você vá embora assim.
L - (soluçando) Eu não sei o que fazer. Não quero deixar você, nem o Davi, nem nossa vida aqui. Estou muito triste, Valentina!
V - (com determinação) Vamos falar com seus pais. Dar um jeito, talvez haja outra opção. Vamos pensar juntas. Não vamos nos separar sem lutar.
L - (abraçando Valentina). Obrigada, Valentina. Mas eles já se decidiram. Está tudo certo, já resolveram tudinho, meu pai já conversou com seu pai. Eu quis vir falar com você, mas desde que escutei eles me explicando tudo eu sabia que não tem jeito, mas mesmo assim vim falar com você. Eu sabia que você também ia ficar muito triste igualzinho a mim.
V - Mas espera, Luiza. Não chora, conversa comigo primeiro, me diz tudo. O que meu pai falou? Ele não disse nada, que podia ajudar?
L - Ele disse que não poderia aumentar o salário, ou ajudar meu pai. Que a situação dele hoje não está bem e que não pode oferecer algo mais, pois a fazenda passa por muitas dificuldades também. Disse que estava muito triste, mas se fosse para o bem da nossa família e para ajudar minha avó, ele deveria aceitar.
