45 - Corações sorrindo!

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Canção: Me ame hoje!
Lauane Prado

Canção: Me ame  hoje!Lauane Prado

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Pov Narrador

A psicóloga se aproximou de nós com um olhar sério, mas acolhedor. Sua expressão mostrava empatia, sabendo que aquele era um momento delicado para todos nós. Ao parar à nossa frente, ela deu um pequeno sorriso, tentando amenizar a tensão que sentíamos.

- Valentina, - começou ela, com uma voz calma -, preciso orientá-los sobre o que vai acontecer agora. A menina mais velha, que acreditamos ser Teresa, está bastante assustada, o que é compreensível, considerando tudo o que ela passou. Ela não reconhece o que está acontecendo ao seu redor, e muito menos as pessoas. Por isso, precisamos ir devagar.

Eu senti um aperto no coração. Ouvir que minha filha estava assustada era mais doloroso do que eu poderia imaginar. Luíza apertou minha mão, e o olhar que trocamos era de pura solidariedade. Eu sabia que ela estava comigo em cada passo desse processo.

**A psicóloga continuou**

- Vou sugerir que a abordagem com Teresa seja feita de forma gradual. Ela precisa de tempo para processar tudo. Por enquanto, não podemos dizer diretamente a ela que você e sua mãe, e que há uma possibilidade de reencontro familiar. Ela não está emocionalmente pronta para isso.

- Então, como devemos agir? - perguntei, a voz saindo mais baixa do que eu esperava. O nervosismo estava tomando conta de mim.

- Primeiro, vamos deixá-la confortável com a sua presença. Talvez mostrar a boneca, já que a que ela tem está bem velha, acho que será um bom começo

Foi algo que pareceu dar a ela algum senso de segurança.
A partir daí, vamos observar como ela reage.

Caso ela demonstre algum reconhecimento, podemos avançar com as conversas.

Mas é importante que vocês sigam as nossas orientações com calma.

Eu olhei para Luíza, sentindo o peso das palavras da psicóloga. Meu coração estava acelerado, mas eu sabia que precisava ser forte e paciente.

- E quanto à criança mais nova?

- perguntou Davi, sempre prático, mas preocupado.

- Ela está mais tranquila, mas ainda precisamos de mais informações sobre sua origem. Vamos cuidar disso depois.

Agora, nosso foco é garantir que Teresa fique segura e emocionalmente estável para enfrentar o que está por vir .

- respondeu a psicóloga.

Respirei fundo, tentando acalmar meu coração. Eram três longos anos de espera, e agora eu estava tão perto, mas ainda tão longe de ter minha filha de volta.

- Posso falar com ela? - perguntei, quase com medo da resposta.

- Sim, pode. Só lembre-se de ser suave. Não precisa pressioná-la. Se sentir que ela está confortável, você pode mostrar a boneca. Vamos observando e ajustando a abordagem conforme necessário.

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