25 - Sabia que era amor!

243 34 65
                                    

Canção: Todo azul do mar.
Flávio Venturini

Foi assim, como ver o marA primeira vez que meus olhosSe viram no seu olharNão tive a intenção de me apaixonarMera distração e já eraMomento de se gostar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos
Se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era
Momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Luiza

A voz de Luiza tremeu ao perguntar:

- Quando isso aconteceu, Valentina?

- Foi no aniversário de um ano dos dois... Eu a perdi
- respondi, as lágrimas começando a escorrer pelo meu rosto.

- Desde aquele dia, minha vida nunca mais foi a mesma. A cada momento, a ausência dela me consome, e a dor de não saber onde ela está me dilacera.

Luiza me puxou para um abraço forte e apertado, como se quisesse me proteger de todo o sofrimento que eu estava carregando. Senti seu coração bater acelerado, e seu silêncio dizia mais do que qualquer palavra.

- Eu vou te ajudar a encontrar Teresa.

- ela sussurrou em meu ouvido, sua voz carregada de uma determinação que parecia inquebrantável.

- Vamos encontrá-la juntas, Valentina. Eu prometo que você não estará sozinha nessa busca.

Aquelas palavras me deram uma nova esperança, uma fagulha de luz em meio à escuridão que havia envolvido minha vida desde o sequestro de Teresa.

Por mais que a luta fosse árdua, saber que Luiza estava ao meu lado, pronta para me apoiar, fez toda a diferença.

Eu sabia que, com ela ao meu lado, teríamos mais forças para continuar a busca e, quem sabe, um dia, trazer minha pequena Teresa de volta para casa.

{••••}

Valentina

Minha vida estava começando a ficar organizada. Montei um escritório para Davi, que cuidava especialmente dos meus bens. O quarto das crianças estava pronto, e eu estava focada no nascimento. Lorenzo e eu tínhamos escolhido os nomes: Leonardo e Teresa.

De vez em quando, vou ao quarto e verifico se está faltando algo. Tudo parece estar em ordem. Entre os documentos e o celular que Lorenzo deixou, havia duas pulseirinhas para os nossos pequenos, cada uma com o nome gravado.

Quando vi aquelas pulseirinhas, não pude evitar o nó que se formou na garganta. Era um gesto tão simples, mas carregava todo o cuidado e amor que Lorenzo queria deixar para os nossos filhos. Segurei as pulseirinhas entre os dedos, sentindo o peso das responsabilidades que logo viriam, mas também a imensa alegria de saber que nossos filhos viriam ao mundo cercados de tanto carinho.

VaLu - Além do Tempo.Onde histórias criam vida. Descubra agora