Luiza e Valentina convivem desde criança, em uma fazenda no Interior do Rio de Janeiro.
Os pais de Luiza foram trabalhar na fazenda dos pais de Valentina.
Ambas são amigas inseparáveis desde a infância, junto dos irmãos de ambas.
O destino as separ...
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Valentina
Assim que Lorenzo ficou doente e sua condição piorou, seus pais o levaram para a casa deles.
Nico, sendo considerado "amigo", tinha livre acesso ao local. Como eu não podia sair muito de casa devido ao meu problema nos rins, precisava ficar em repouso, o que me afastou da empresa.
Lorenzo conseguiu contratar minha amiga Brida, e, enquanto ainda estava vivo, transferiu para o meu nome o máximo de bens que conseguiu.
Eu sentia saudades dele. Quanto ao Nico, ele nunca mais me procurou, o que foi uma grande decepção.
Com o passar do tempo, a ausência de Lorenzo pesava mais do que eu poderia ter imaginado.
As lembranças dos momentos que passamos juntos se tornaram ainda mais preciosas, mas também traziam à tona a dor de não poder tê-lo ao meu lado.
Cada dia sem ele parecia um teste cruel da vida, e eu me perguntava como continuar sem sua presença, que sempre foi meu apoio.
Brida era uma grande amiga, mas nem mesmo a companhia dela conseguia preencher o vazio que Lorenzo havia deixado. Ela fazia o possível para me ajudar, e eu era grata por sua lealdade, mas havia uma tristeza que eu não conseguia dissipar.
Quanto a Nico, seu distanciamento só aprofundou meu sentimento de traição. Não era apenas a ausência dele, mas a maneira como ele simplesmente desapareceu da minha vida no momento em que eu mais precisava de apoio.
Eu sentia raiva, tristeza e, acima de tudo, uma enorme decepção.
Nico não era apenas um "amigo", era alguém em quem eu confiava, e vê-lo se afastar sem explicações foi como perder mais uma parte de mim.
Cada dia era uma luta para não sucumbir à tristeza. Os bens que Lorenzo havia transferido para o meu nome não tinham valor diante da falta que ele fazia.
Eu daria tudo para tê-lo de volta, para sentir seu abraço mais uma vez, para ouvir sua voz e saber que, de alguma forma, tudo ficaria bem.
Mas a realidade era implacável, e eu precisava encontrar uma maneira de seguir em frente, mesmo que isso significasse enfrentar as emoções dolorosas que vinham à tona a cada momento de solidão.
O silêncio se tornou meu companheiro constante, preenchendo cada canto da casa que antes era animada com a presença de Lorenzo.
As noites eram as piores. A escuridão trazia à tona todas as lembranças que eu tentava enterrar durante o dia.
Às vezes, fechava os olhos e podia jurar que sentia o calor dele ao meu lado, mas, ao estender a mão, só encontrava o vazio, na mesma hora eu passava as mãos na minha barriga e conversava com meus r pequenos, e a dor diminuía.
