Luiza e Valentina convivem desde criança, em uma fazenda no Interior do Rio de Janeiro.
Os pais de Luiza foram trabalhar na fazenda dos pais de Valentina.
Ambas são amigas inseparáveis desde a infância, junto dos irmãos de ambas.
O destino as separ...
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**O destino fazendo surpresas**
- Ao ver o menino de longe, Luiza sentiu um bem-estar e uma leveza. Era como se o conhecesse, parecia que já o tinha visto. Fechou os olhos e teve uma lembrança, como se fossem flashes. Eram sons de risadas, de água, talvez uma cachoeira, brincadeiras, e de novo aqueles olhos verdes. Era uma cena alegre. Luiza se viu caindo na água, sendo empurrada e agarrada, jogando bola, feliz.
- Meu Deus! Era um pequeno pedaço da minha memória, há anos eu não sentia nada assim! - pensou Luiza. - Bastou ver o menino. Quem será ele? Filho de alguma funcionária? É como se eu o conhecesse.
Ela sentiu uma dor de cabeça, começando com uma pontada. Sentiu uma sensação de desmaio. Junior veio até ela, percebendo que estava tonta.
- Eu pedi água. Tenho meu remédio de dor de cabeça sempre à mão. Tomei e fui melhorando. Estou bem, não se preocupe - disse ela, tentando tranquilizar Junior.
- Junior, quem é esse garoto? - perguntou.
Junior olhou na direção do menino e depois voltou-se para Luiza com uma expressão preocupada, mas ao mesmo tempo curiosa.
- Esse é Leonardo, filho da Valentina, a nova funcionária responsável pelo Controle de qualidade. Eles chegaram há um tempo, estávamos sem vaga na Creche, conseguimos uma vaga para ele, mas ele nunca fica na sala. Ele sempre se afasta. Não sei por que ele está distante e não dentro da creche.
- respondeu Junior, ainda observando a reação de Luiza.
Luiza sentiu um aperto no coração ao ouvir o nome da mãe. Era como se algo dentro dela estivesse tentando emergir, uma memória perdida que lutava para ser lembrada.
- Valentina... - murmurou ela, quase para si mesma.
Junior franziu a testa, notando a estranha conexão que Luiza parecia ter com o menino.
- Você está bem mesmo, Luiza? Parece que o garoto te afetou de alguma forma.
Ela assentiu lentamente, ainda processando a enxurrada de emoções e lembranças confusas que a visão dos flashes haviam desencadeado.
- Estou bem, Junior. É só... estranho. Sinto como se o conhecesse de algum lugar, mas não consigo lembrar de onde.
Junior colocou a mão no ombro dela, oferecendo um apoio silencioso.
- Talvez seja só uma coincidência. Mas, se precisar de alguma coisa, estou aqui.
Luiza sorriu, agradecida pela presença e preocupação de Junior.
- Obrigada. Acho que vou dar uma volta e tentar clarear a mente.
Ela se afastou lentamente, ainda lançando olhares furtivos para Leonardo, tentando decifrar a sensação de déjà vu que a estava consumindo. Cada passo parecia trazer mais perguntas do que respostas, e Luiza sabia que teria que explorar essas novas memórias se quisesse entender a conexão misteriosa que sentia com o menino ou com a mãe dele. Pensando melhor, ela resolveu voltar e falar com o menino.
