Capítulo 13: Adoção De Ester

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Catarina

Vejo a reação de espanto que Maxwell carrega.

- Boa tarde.

- Não sabia que conhecia a srta. Castro - Maxwell olhou para mim confuso. E se ele se irritar? Eu ficaria com raiva se alguém se intrometesse assim na minha vida.

- Eu... - ele me olhou como se não estivesse entendendo nada.

- Sente-se.

- Tá.

- A srta. Castro quer saber como funciona a adoção por aqui.

- Isso é um hospital, não um orfanato.

- Ester está melhorando gradativamente, e se alguém quiser adotá-la, ninguém poderia ser melhor do que Castro como mãe.

- Quer mesmo adotar ela?

- Tenho quase trinta anos, uma ótima profissão, casa e condição suficiente para criar uma criança.

- Ela é uma criança doente.

- O doutor disse que se ela continuar melhorando não vai precisar de monitoração o tempo todo, posso levar ela ao hospital quando for necessário.

- Qual é o problema, Spencer?

- O que houve com a Jaqueline?

- A srta. Castro pediu para não deixar Jaqueline perto de Ester. Como logo a guarda vai ser dela, é melhor evitar conflitos - o inglês do diretor tem tanto sotaque que me perguntei se estava com raiva.

- Transferiu Jaqueline por causa disso?

- Castro me contou sobre o que ela fez. Para não causar mais preocupação é melhor assim.

- Como preferir - Maxwell se levantou e saiu do escritório sem dirigir nem uma palavra a mim.

- Peço desculpa pelo temperamento dele.

- Tudo bem - Desculpa Maxwell, só fiz o que o Espírito me guiou.

- Ele é muito bom com Ester. Pode me passar o número de Maxwell? Quero ter contato com que ela tem mais intimidade.

- Claro.

Não fui atrás de Maxwell, apenas peguei seu número com medo de que ele não me mandasse mensagem depois disso.

Sai do escritório e fui direto para o carro.

- Oi Isa?

- Alô? Está vindo me buscar?

- Ainda está na biblioteca?

- Sim.

- Estou chegando - bozinei esperando que ela já estivesse saindo.

- Como foi? - falou entrando no carro.

- Falei que vou adotar Ester.

- Você o que?!

- Falei com o diretor.

- Está ficando maluca?

- Eu sei. Parece loucura, mas quando Maxwell saiu do carro algo pulsou dentro de mim e quando percebi já estava na sala do diretor.

- Tem noção do que você fez?

- Não - falei trêmula - ainda não acredito que isso não é um sonho. Não consigo acreditar que encontrei Maxwell em uma viagem totalmente aleatória e agora estou prestes a me tornar mãe.

- Vou ser titia então.

- Isso é sério.

- Maxwell deve estar muito magoado, ele tem ela como filha e você vem com essa ideia de adoção.

FOI NO FIM QUE TUDO COMEÇOUOnde histórias criam vida. Descubra agora