Capítulo 22: Sempre Foi Você

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Mateus 7:7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. 8 Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.

CATARINA

Tive esperança de que Maxwell talvez tivesse algo a ver com o garoto. Pensei que ele poderia até mesmo ser o irmão dele. Mas é loucura. E eu não conseguiria olhar para ele nunca mais.

Por isso comecei o jejum de Ester. Com água e pão. Três dias. Esse é o dia em que vou entregar o jejum. Ou Deus me mostra quem o garoto é, ou ele vai me fazer esquecê-lo por completo. Não aguento mais esses sonhos perturbadores.

— E aí — Isa se jogou no sofá com um pote cheio de pipoca.

— O que foi?

— Sobre o sonho.

— Ah, não sei. Talvez tenha sido só sonho. Mas foi muito real.

— Ham... Tenho que te contar uma coisa.

— Conte — falei me aproximando com enpolgação.

— Acho que... Estou apaixonada.

— O que?!! Por quem?

— Por Jack. Ele é gentil e gosta de crianças e imagine só eu casar com o melhor amigo do seu marido.

— Ok. Eu fico feliz mas esse comentário foi longe demais.

— Mas seria legal. Duas melhores amigas e dois melhores amigos.

— Para. Mas então, quando descobriu que estava apaixonada?

— Quando ele pagou um café para mim ontem.

— O que? Como você não me falou?

— Calma, não é nada certo ainda. É só um crush, as vezes vai passar rápido.

— Você mal terminou um relacionamento.

— É. Enquanto isso você nunca iniciou nenhum.

— Iniciei sim. Com Deus, foi o melhor relacionamento da minha vida.

— Você entendeu o que eu quis dizer.

— Somos cristãs. Não devemos nos relacionar com qualquer um, vou esperar no Senhor, e assim não terei nenhum arrependimento.

— Tem toda razão. Mas queria te chamar para ir comigo.

— Onde?

— Jack e Maxwell vão acampar. Me chamaram e pediram para te chamar também.

— Acampar?

— Sim.

— Então tá.

— Você vai?

— Por que não?

MAXWELL

— E aí — falei ao ver Gael entrar na loja.

Não demoramos muito para nos sentar no banquinho da praça.

— Maxwell, eu estava pensando em uma coisa.

— O que?

— Não precisa fazer o que está fazendo.

— Como assim?

— Se esforçando para se tornar cirurgião. Me falaram que fica no consultório até tarde e no período da noite assiste palestras e até mesmo cirurgias complexas.

— Mas eu gosto.

— Desde quando quer ser cirurgião?

— Desde... Faz diferença?

— Foi a partir do momento que o nosso pai falou que seria bom ter um cirurgião na família.

Fiquei em silêncio.

— Maxwell, não precisa fazer tudo para agradar os outros. É tolice.

— Eu sei.

— Então para.

— Você realmente cresceu.

— Agora precisa deixar de ser um idoso. Você ainda é jovem demais para agir como alguém que tem mais de 50 anos.

— Tem razão.

— Quando vai contar para Catarina que você é o garoto que ela conheceu na infância?

— Eu... Não sei.

— Ela precisa saber que você é a pessoa que ela resgatou do pecado.

— Ainda não achei o momento certo para isso.

— O que você quer dizer com isso? — Catarina está parada em minha frente. Senti meu coração parar de bater e minha respiração parar no mesmo instante — Maxwell? Me responde!! Oque quer dizer isso?? — ela me olhava apavorada como se estivesse com medo de qualquer coisa que fosse sair de mim. Estou com medo, não sei o que dizer ou pensar. Sempre foi você o motivo de eu guardar todos as memórias só para mim.

FOI NO FIM QUE TUDO COMEÇOUOnde histórias criam vida. Descubra agora