Capítulo 4: O Casamento Da Sra. Castro

17 2 0
                                    

" Não relembreis coisas passadas, não olhes para fatos antigos. Eis que farei coisas novas e que já estão surgindo". ( ISAÍAS 43:19-21)

Catarina

- Eu...- Rafael começou a falar assim que minha mãe foi no banheiro - gostaria de pedir a mão da sua mãe em casamento.

- É sério?

- Sua mãe jamais aceitaria sem a sua permissão.

- Podem se casar hoje mesmo se quiser, eu apoio - falei sorrindo. Minha mãe precisa disso. Depois de tudo que ela já passou sozinha, ela precisa de alguém que a ame de verdade, e cuide dela como deveria. Ele percebeu minha sinceridade e se alegrou com minha resposta.

- Tudo bem? Com seu colega? ...Gael?

- Ah...sim. Eu só não sei se eu deveria me esforçar tanto por alguém que age com indiferença.

- Se não sabe, vou te ajudar a descobrir.

- Como?

- Quanto é mil vezes zero?

- Zero.

- E dois mil vezes zero?

- Zero.

- Essa é a resposta.

- Como? - meu cérebro girou em torno dos números. E eu me lembrei de mais um motivo por ter começado a estudar direito penal e não empresarial.

- Quando o esforço é só de um lado o resultado sempre vai ser o mesmo.

Rafael é realmente inteligente. Usar números para dizer uma frase tão simples?

- Ah...- ele se levantou e abriu uma gaveta da escrivaninha.

- Antes que eu me esqueça, Maxwell queria que eu te entregasse isso - peguei a carta da mão dele.

- Sobre o que vocês dois estão conversando?

- minha mãe perguntou voltando.

- Que infelizmente vou ter que ir até a empresa conversar com o sr. Ferraz - desconversei.

- Mas filha!

- Tchau, tchau- falei mandando beijo para ela e piscando para Rafael, que me deu um breve aceno, também com o sorriso no rosto.

🤍

- O que você quer dizer com isso?

- Você ouviu bem. Maxwell pediu demissão, acha que será um incomodo viajar sozinha?

- Não. Eu me viro.

- Está se sentindo melhor?

- Sim. Maxwell já pegou as coisas dele?

- Ele fez isso ontem - Ele não se despediu pessoalmente. Ele disse que não sairia sem se despedir.

Alguém bateu na porta.

- Entre.

- O senhor me chamou aqui? - Gael perguntou.

- Pode pegar suas coisas e colocar no escritório em que o Maxwell ficava.

- Sim, senhor - dito isto, Gael saiu.

- Mas Gael não é advogado criminal.

- Maxwell já havia me comunicado sobre a demissão há um tempo atrás, então eu fiz um teste entre alguns advogados para ver quem ocuparia o lugar dele. Por incrível que pareça, Gael passou. Bom, será só por um tempo, até que eu encontre outro advogado que possa exercer essa profissão - apenas assenti e me retirei do escritório do presidente.

FOI NO FIM QUE TUDO COMEÇOUOnde histórias criam vida. Descubra agora