Capítulo 18: Como Aconteceu A Surpresa

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"Fazer o bem sem olhar quem."

Catarina ( Na festa)

— Alô? — atendi o telefone enquanto Maxwell pegava um suco para mim.

— Castro?

— Eu mesma.

— Aqui é o Jackson, amigo de Maxwell.

— Quer falar com ele?

— Não, não é isso. Comprei um bolo para ele e queria convidar algumas pessoas para ajudar na surpresa. Acha que poderia?

— Claro, o que quer que eu faça?

— Convença o diretor da saída de Ester do hospital.

— Que?!!

— Fala que vai ter três médicos presentes e que logo você vai adotá-la, precisa ter mais afinidade.

— Isso parece errado.

— É por uma boa causa.

— Tá. Vou ver o que faço e te ligo.

— Obrigado, vou te mandar o endereço.

— Ok.

— Com quem está falando? — Maxwell me assustou.

— Ninguém importante.

— Mãe, pai — os pais de Maxwell se aproximaram.

— Catarina! — a mãe dele me comprimentou com um beijo e um sorriso lindo, poderia até dizer que Maxwell é realmente seu filho. Porque tenho pensamentos assim?

Quanto tempo — cumprimentei o pai dele.

— Sim. É bom vê-la novamente.

— Digo o mesmo ao senhor.

— Você é mais linda do que me descreveram.

— Obrigada! — a mãe dele é uma graça.

— Boa noite senhora Spencer — Esmeralda apareceu.

— Oi querida.

— Já conheceram essa aí? — Ela me olhou e comecei a repreender em pensamento todo espírito de inveja.

— Essa aí tem nome, caso não saiba é conveniente que a chame de Srta. Castro. Se não for agir com respeito, não entre em grupo de conversa na qual nem foi chamada, senhorita — Maxwell falou tão pleno que nem parecia ele.

— Desculpe o mal comportamento.

— Imagina, não me incomodei — sorri para ela — quantos anos você tem?

— 23, Por que?

—Você é linda, parece até mais nova — se tem uma coisa que aprendi é que elogios acabam com uma guerra.

— Você acha? — ela passou a mão no rosto satisfeita. Os pai de Maxwell me olhavam com atenção, assim como ele.

— Acho que seria difícil conhecer alguém assim — Uma voz ecoou dentro de mim: levai o evangelho a toda criatura.

Ah não, ela não. E quanto mais eu recusava, mais forte a voz ficava.

— Está falando isso só para mim sair de perto né? Saquei a sua.

— Esmeralda! — Maxwell parecia irritado. E os pais dele, cansados.

— Você é cristã?

— Tanto faz — ela é.

Uma cristã parada na graça — Maxwell me olhou surpreso — o que foi? Acertei?

— O que você contou para ela? — Esmeralda olhou feio para Maxwell.

— Nada. Não disse absolutamente nada sobre você.

— Jesus te ama — e só então me senti leve — mas não ama os seus erros. E sim — ela está ficando vermelha como se estivesse segurando as lágrimas — Ele te viu quando ninguém te viu, então não o culpe pelos erros dos outros — ela deu um passo para trás.

— Eu...

Estamos sempre julgando e nunca tentamos entender. Mas vi ali, o coração de alguém que foi traída, pelo homem. Por que o ser humano é assim, está do seu lado hoje, e amanhã não mais. Esmeralda confundiu os próprios sentimentos e pensou que Deus não estava mais na vida dela, quando na verdade por trás daquilo, ela teve um livramento dos grandes.

Não sei o que aconteceu com você, mas fica em paz Ele te ouve. Mas não fique com o coração duro achando que assim vai conseguir alguma coisa, como aquela frase "o mundo é dos espertos". O mundo pode ser dos espertos, mas o céu é dos sábios, prudentes e puros de coração.

Bati a taça de vidro na dela.

— Saúde — todos fizeram o mesmo e me senti sem graça quando ouvi o pai de Maxwell sussurrando para a mãe dele: minha futura nora. E ela respondendo:amém.

2 hora depois

— Conseguiu convencer o diretor de deixar Ester? — Isabel me perguntou depois da ligação.

— Sim. Gael falou que vai nos buscar, então se arrume.

— Só se for agora.

Depois de entrarmos no carro, Gael me entregou uma caixa.

— O que é isso?

— Estava lá em casa na pilha de livros. Achei que seria para Maxwell.

— Ah!! Faz tempo — abri a caixa para ter certeza. Faz mesmo.

Jackson falou que ele chegou. Vamos nos apressar.

FOI NO FIM QUE TUDO COMEÇOUOnde histórias criam vida. Descubra agora