Capítulo 12: Ide

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(Marcos 16:15) E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

Catarina

Ele respirou fundo e eu finalmente soltei sua mão. Eu sabia que ele ia me tratar assim de novo.

Avistei Isabel de longe.

- Ah...não me falou que estava acompanhada.

- Eu não estava, Spencer chegou agora também - Maxwell se levantou e se apresentou.

- Prazer, sou Maxwell Spencer.

- Pode me chamar só de Isa se for amigo de Catarina - ela piscou para mim.

- Certo - me levantei.

- Maxwell, quero te falar algo sobre a doutora, acredite em mim ou não, ela não quer o bem de Ester.

- Eu acredito em você.

- Então não deixe ela se aproximar daquela criança de novo - Maxwell abaixou a cabeça ainda sentado no banco.

- Jaqueline é filha do diretor do hospital. Não tem nada que eu posso fazer no momento, acha que estou trabalhando naquele hospital por amor? É claro que amo aquelas crianças, mas desde o início meu objetivo era ser cirurgião, Ester é a única coisa que me prende a esse hospital, tenho medo de...não conseguir a adoção dela.

- Eu conheço o diretor, se quiser posso ajudar em alguma coisa - ver Maxwell daquele jeito fez com que eu me sentisse péssima. Ele se levantou e colocou um sorriso no rosto.

- Não quero me preocupar, já coloquei minhas causas nas mãos do ser mais poderoso e sublime do mundo, sei que vai dar tudo certo, Ele nunca me decepciona.

- Você é cristão??

- Sou.

- Por que nunca me falou isso? - ela olhou para mim e eu me senti tão envergonhada que quis sair correndo.

- Não sabia que falava sobre mim.

- Ah... você é muito famoso no Brasil - menti de vergonha.

- Entendi - o telefone de Maxwell tocou - alô?
O que aconteceu - ele olhou para o relógio do pulso e desligou o telefone.

- Ainda está usando o relógio - falei surpresa.

- E você ainda está usando o colar - esqueci de tirar antes de vir. Por mais que eu não admitisse para ninguém, só Deus sabe o quanto eu senti falta de Maxwell.

- Pois é.

- Eu tenho que ir.

- Aceita carona?

- Eu ia recusar se não fosse urgente - joguei as chaves do carro alugado.

- Fique a vontade para dirigir.

Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Isabel já estava dentro do carro nesse momento.

- Quanto tempo vai ficar no Reino Unido mesmo?

- Uma mês - ele assentiu.

- Pare aqui por favor - Isabel pediu.

- O que vai fazer? - ela sorriu e saiu do carro.

- Ir a biblioteca, quando estiver voltando do hospital me avisa - Maxwell voltou a dirigir e eu ainda estava indignada.

- Um amigo meu me convidou para a festa da filha dele, será que você estaria livre esse fim de semana para ser minha companhia?

Ele está me convidando pra ir em uma festa?

- Vou falar com a Isa, ela já tem uma agenda planejada do que vamos fazer aqui.

FOI NO FIM QUE TUDO COMEÇOUOnde histórias criam vida. Descubra agora