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Chico

Criminoso. É isso que deveria ser o olhar de Rita nesse momento me encarando.
Ela acabou de admitir que também não parou de pensar no nosso momento ontem e porra quase sai correndo comemorando.
Foi praticamente impossível me controlar ao seu lado essa noite toda, a cada risada sua ficava mais difícil. Por isso vim para o lado de fora fumar, precisava tentar tirá-la da minha cabeça. Mas então ela apareceu aqui, o que me trás de volta para o nosso momento:

Me aproximo mais, e ela não recua. Nossos rostos estão tão próximos que posso sentir sua respiração contra a minha pele. Então, me inclino e a beijo.
Começa como um beijo calmo, cuidadoso demais, mas a urgência cresce rapidamente. A mão de Rita pousa levemente na minha nuca, e o toque é superficial, quase tímido. Minha mão, descansa em sua cintura, mantendo um contato que é ao mesmo tempo seguro e cheio de expectativa.
Então, ela prende meu lábio inferior entre os dentes e puxa, e é o suficiente para que eu entenda que está tudo bem, que é mesmo um beijo, e que ambos queremos muito que aquilo continue.
Puxo ela mais para perto, nossos corpos se fundindo no calor do momento. O toque suave de seus dedos se transforma em uma arranhada em minha nuca, e eu aperto os dedos em sua cintura, trazendo-a ainda mais para mim.
Eu não sabia o que esperar de um beijo de Rita, mas isso definitivamente me deixou curioso para saber até onde ela vai.
Então, de repente, havia Rita me puxando para mais perto pela gola da camisa com uma mão e com a outra puxando o meu pescoço em um ritmo dolorosamente prazeroso. Eu queria que ela continuasse, que fizesse mais forte.
Só que ela se afasta, porque ouvimos a voz de Pig vindo em direção a área externa e Rita levanta rapidamente da espreguiçadeira.
Fecho os olhos e faça uma nota mental pra fazer a vida de Pig um inferno.

— Gente, Gabi e Alvinho estão indo embora, querem falar tchau pra vocês. — Pig fala e fica confuso ao olhar para nós dois.

— Beleza, obrigada por avisar. — Rita fala já entrando na casa.

Fico sentando de cabeça baixa, respirando fundo e já pego outro cigarro para não explodir de raiva.

— Eu tô maluco ou tava rolando um clima aqui? — Pig vem ao meu lado dando um sorrisinho.

— Pig namoral, te considero um irmão, mas nunca tive tanta vontade de te bater como agora.

Levanto e sigo para dentro para me despedir de Alvinho, Gabi e Bernardo, ignorando o olhar confuso de Pig.

Depois de muita conversa todo mundo decide ir embora junto, me despeço de todos e deixo Rita por último, mas sinto que algo nela mudou

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Depois de muita conversa todo mundo decide ir embora junto, me despeço de todos e deixo Rita por último, mas sinto que algo nela mudou.

— Bom, Rita, eu vou nessa. — digo, tentando decifrar seu olhar.

— Boa noite, Chico. — ela responde, com um tom de voz que não consigo interpretar.

Me afasto, sentindo um peso no peito. O que será que aconteceu?

Pig está me esperando no carro, ele concordou em me dar uma carona.

— E aí, cara, tá tudo bem? — ele pergunta, percebendo meu silêncio.

— Sei lá, a Rita ficou estranha. — respondo, olhando pela janela enquanto ele dirige.

— Estranha como? — Pig pergunta.

— Depois do beijo, ela ficou fria, distante. Como se tivesse se arrependido de tudo. — desabafo, sentindo a frustração crescendo.

— Talvez ela só esteja confusa. Essas coisas são complicadas, cara. Dá um tempo pra ela. — Pig tenta me consolar, mas minha cabeça está a mil.

Fico pensativo, sem falar nenhuma palavra o caminho todo, Pig me conhece sabe que nessas horas não adianta ficar me cutucando.
Finalmente, chegamos em casa.

— Valeu pela carona, Pig. Vou nessa. — digo, tentando disfarçar minha decepção.

— Qualquer coisa, me chama. — ele responde, carinhoso como sempre.

Entro em casa, sentindo um misto de emoções. Preciso esquecer o que aconteceu. Mas no fundo, sei que só estou pensando em Rita. E no que eu posso ter feito para estragar tudo.
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Perdão pela demora queridas, o capítulo 09 tá bem longo, demorei horrores pra escrever!!
Espero que gostem⭐️⭐️

Olha|chico moedas (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora