08.

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Gente eu sei que de segunda-feira não tem festival, mas estamos no meu mundo, aqui vai ter que ter festival pra história dar certo!
Beijos, boa leitura!!

Rita

Mais tarde na segunda-feira, eu Luiza e Belt estamos no elevador a caminho do festival do inverno. Do lado de fora, a noite começa a cair, mas o ar está quente, apesar de estarmos no inverno. Até porquê estamos no Rio de Janeiro.
Quando chegamos na orla, que vai acontecer o evento, entramos pela entrada VIP, o local é todo aberto, muitas pessoas perambulando a nossa frente, com copos de bebidas na mão, rindo, tirando fotos e apenas sendo felizes. Uma DJ está tocando, logo vai começar o show de Alcione, que estou maluca para ver e mais para o fim da noite tem Péricles.
Ao andar mais um pouco encontramos o resto do pessoal, Allan e Elaine, Maciel e Ingrid, Pig, Donatello e Chico. Consigo ver no semblante de todos a animação.
Após cumprimentar um por um, puxo Donatello de lado e o questiono:

— Que história é esse de ficar fofocando cada passo meu pra Isabella, isso por um acaso é uma tentativa pra ter assunto com ela?

— Cara papo reto, tá pra nascer alguém com um sentido igual o seu- ele fala indignado.

— Acertei, né?!

— Claro né, tu acha que eu ligo pra você e pro Chico de cu doce um pro outro.

— Por que não falou antes amigo?- pergunto porquê sei que Isabella é caidinha por ele faz um bom tempo, mas nunca teve coragem de chegar e falar.

— Tu já olhou pra sua amiga? Nunca vai me querer não, eu sei o meu lugar filha.

Mal sabe ele. Penso.

— Semana que vem ela tá ai, vou ver o que eu faço pra te ajudar - me faço de desentendida, até porquê nunca caguetaria que minha melhor amiga está afim de um cara pro próprio cara. É uma quebra de código gravíssima.

— Papo reto?!- pergunta muito animado.

Ouço um assobio e é Chico:

— Vão ficar ai? O show vai começar daqui a pouco, vamos!

Olho pra Donatello e seguimos para acompanhar a galera.

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Minhas pernas estão doendo de tanto dançar, mas é uma dor deliciosa, uma lembrança do quanto estou aproveitando cada segundo dessa noite. Estar com os amigos, cercada de risos e música. Alcione está no palco cantando Não Deixa o Samba Morrer, sua voz poderosa ecoando pela multidão, e eu tento acompanhar Luiza enquanto ela, com a leveza de uma carioca me ensina a sambar.

— Assim, Rita, mexe mais os quadris! — ela diz, rindo.

Eu tento, realmente tento, mas como boa paulista, minha coordenação para o samba é, no mínimo, desastrosa. Meus passos são desajeitados, e Luiza não consegue parar de rir.

— Acho que você nasceu no lugar errado, amiga! — Luiza provoca irônica ainda tentando me guiar nos passos.

— Ou talvez o samba que não nasceu para mim! — respondo, tentando, sem sucesso, não tropeçar nos meus próprios pés.

Ela me puxa para um abraço rápido, ainda rindo, e depois me empurra levemente para o Pig, que se aproxima.

— Vai, Pig, mostra para ela como se dança de verdade! — Luiza diz e se vira para dançar com Beltrão.

Pig me pega pela mão, com um sorriso brincalhão.

— Pronta para a aula avançada? — ele pergunta, com um tom divertido.

Olha|chico moedas (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora