ESPERANÇA

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Damian estava no quarto quando viu o batmóvel sair às pressas pela estrada, estranhando o que poderia ter acontecido o rapaz desceu as escadas indo para a caverna, ao olhar nas câmeras de segurança ao redor da floresta viu o pai lutando contra um grupo de homens mascarados enquanto um carro era alvejado pelos poucos que sobrou. Damian olhava tudo atentamente até o momento em que viu uma garota sendo puxada para a floresta por ninguém mais do que Selina Kyle, o mundo pareceu congelar quando a reconheceu.

Andrea.

Mais do que depressa Damian vestiu seu traje, dirigindo sua moto em tempo recorde até o local. Ele sabia que o pai seria mais do que capaz de derrotar todos os homens sozinho, preferindo ir atrás das duas mulheres. Desejando mentalmente encontrá-la bem.

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Andrea estava exausta, o corpo pedindo descanso, porém se parasse agora poderia muito bem ser morta por aqueles desconhecidos. Buscando forças em seu interior, a jovem forçou as pernas a continuar correndo, tentando manter a mente longe do cansaço físico a jovem começou a se questionar a razão de terem sido atacadas.

Por algum motivo sentia que Selina sabia a resposta mas as palavras não se atreveram a deixar sua boca, olhando ao seu redor a mesma não reconheceu o terreno, sabia que estavam perto da propriedade. Mas onde?

- Selina. - Chamou pela mais velha que não pareceu ouvi-la. - Selina!

Selina sentia-se perdida, sua mente vagando entre lembranças e temores, seu desejo de vingança sendo suprimido por seu desespero em proteger a única coisa que lhe restou para se lembrar da mulher que considerava uma mãe e da menina que lhe estendeu a mão tornando-se a melhor irmã que poderia desejar.
Notando o jeito perdido no qual a mais velha se encontrava, Andrea puxou-a com força fazendo seus corpos colidiram uma na outra. Graças a dor causada, Selina voltou a si.

- Andrea? - Chamou ao ver a menina caída no chão.

- Você não estava me ouvindo. - Andrea disse ao levantar.

- Me desculpe, eu...me perdi. - O olhar dela ainda tinha resquícios da confusão mental, percebendo isso Andrea puxou-a para um abraço.

A menina alcançava os ombros da mais velha, forçando a passar os braços por baixo de suas axilas para conseguir mais contato.

- Calma, eu estou aqui com você. - Dizia enquanto alisava as costas da outra com ternura.

- Desculpe. - Selina apertou a menina contra si desejando expressar todo seu arrependimento.

Andrea não quis perguntar pelo que a mulher se desculpou, escolhendo acenar vagamente com a cabeça em concordância.  O momento entre as duas durou pouco, infelizmente. Pois uma série de disparos cortou o ar quase atingindo-as, ficando a frente de Andrea, Selina pediu.

- Você deve ir, vou atrasá-los. - A mais velha disse mexendo o braço que carregava o chicote até a ponta bater no chão com um estalo.

- Você vai ficar bem, não é? - Andrea não possuía habilidades de combate, o que acabaria atrapalhando a outra.

- Eu sempre fico bem, querida. - Afirmou Selina dando uma piscadela para a mais nova.

Receosa, Andrea começou a correr pela floresta torcendo para conseguir chegar à propriedade a tempo de salvar sua amiga.

Ela correu ao ponto de não conseguir ouvir mais nenhum som, estava desconfiada com a sinta mudança de ambiente. Era bem possível que algum daqueles desgraçados estivessem vigiando-a naquele instante.

De repente o som de galhos sendo quebrados chamou sua atenção, a jovem escolheu esconder-se entre alguns arbustos repletos de espinhos. Sentir a própria pele sendo rasgada aos poucos pelos espinhos não era em nada agradável, contudo aquilo poderia ajudá-la a passar despercebida.
Mantendo a respiração o mínimo possível, a garota esperou que alguém aparecesse por ali, passado algum momento de espera a mesma viu alguém andar cautelosamente alguns metros afastado dela.

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