um amor talvez proibido || Kamylinha Santos

DESCOBERTAS E CONFLITOS

Depois de uma tarde animada na praia e um jantar delicioso no restaurante local, decidimos estender a diversão com uma festa noturna na praia. Todos se reuniram ao redor de uma fogueira, cantando, rindo e contando histórias. As estrelas brilhavam no céu, e o som das ondas quebrando na praia criava o ambiente perfeito para uma noite inesquecível.

A certa altura, Kamilinha e eu nos afastamos um pouco do grupo, procurando um momento a sós para conversar. Caminhávamos pela areia, sentindo a brisa fresca do mar. Paramos em um ponto mais isolado, onde a fogueira era apenas um ponto de luz distante.

— Kami, estou feliz de estar aqui com você. — Disse, olhando nos olhos dela.

Ela sorriu, mas havia uma tensão em seus olhos.

— S/n, preciso te contar algo. — Ela começou, sua voz tremendo um pouco. — O Gabb e eu terminamos há algum tempo. A princípio, parecia a decisão certa, mas agora vejo ele ficando com várias meninas e isso... me incomoda.

Franzi a testa, surpresa com a confissão.

— Como assim? — Perguntei, tentando entender.

Kamilinha suspirou, olhando para o chão antes de continuar.

— Eu achei que estava tudo bem, sabe? Mas ver ele com outras pessoas me deixa chateada. E, pra ser sincera, também tem outra coisa. — Confessou, olhando diretamente para mim.

Antes que eu pudesse responder, ouvimos um barulho vindo de trás de uma duna próxima. Olhamos na direção do som e vimos Hytalo, que havia escutado parte da conversa. A tensão no ar era palpável.

— Hytalo, você ouviu tudo? — Perguntou Kamilinha, sua voz cheia de preocupação.

Hytalo assentiu, seu rosto sério.

— Ouvi o suficiente. — Ele disse, caminhando até nós. — Kami, você precisa ser honesta com todos, principalmente com você mesma.

Kamilinha mordeu o lábio, nervosa.

— Eu sei, Hytalo. Mas é complicado. — Disse, sua voz quase um sussurro.

Hytalo olhou para mim, percebendo a tensão entre nós.

— E você, S/n? Como se sente sobre tudo isso? — Perguntou, sua voz suave.

Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.

— Eu... também sinto algo por Kamilinha. Sempre senti, mas não queria causar problemas para ninguém. — Admiti, sentindo o peso da situação.

Hytalo suspirou, parecendo pensar por um momento.

— Bem, precisamos resolver isso de uma maneira que não machuque ninguém mais do que o necessário. Mas vocês precisam ser honestas. — Disse, sua voz firme.

Kamilinha assentiu, olhando para mim com um olhar de determinação.

— Vamos resolver isso juntas, S/n. — Disse, apertando minha mão.

Senti um calor reconfortante se espalhar por meu corpo ao ouvir as palavras de Kamilinha. Sabíamos que não seria fácil, mas estávamos dispostas a enfrentar os desafios juntas.

Com o coração pesado, mas determinado, voltamos para o grupo, prontas para encarar o que viria a seguir. A noite ainda era longa, e muitas revelações estavam por vir