NOITE DE REVELAÇÕES

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Já era noite quando voltamos para casa depois de uma tarde cheia de compras e brincadeiras no shopping. Jantamos por lá mesmo, e ao chegar em casa, todos tomaram banho e foram direto para a cama, exaustos. Todos, exceto eu e Kamilinha.

Estávamos na sala, sentadas no sofá, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Havia uma estranha tensão no ar, algo que eu não conseguia definir. Kamilinha, normalmente tão alegre e descontraída, estava mais quieta, seus olhos brilhando com uma intensidade diferente.

— S/n, tem algo que quero te dizer — começou ela, hesitante.

— O que foi, Kami? — Perguntei, sentindo meu coração acelerar.

Ela me olhou de um jeito que fez meus pelos se arrepiarem. Seus olhos se fixaram nos meus, e ela se aproximou devagar. Pude sentir sua respiração, e meu coração batia tão forte que parecia que ela podia ouvi-lo.

— Eu... — começou ela, mas antes que pudesse continuar, ouvimos passos se aproximando. Nos afastamos rapidamente, e logo Andyn apareceu, indo para a cozinha pegar um copo de água.

— O que vocês estão fazendo acordadas? — Perguntou ele, com um sorriso curioso.

— Só estávamos conversando. — Respondi, tentando disfarçar o nervosismo.

Andyn pegou sua água e se juntou a nós por alguns minutos. Conversamos mais um pouco, mas a tensão no ar era palpável. Finalmente, todos decidimos que era hora de dormir.

— Boa noite, meninas. — Disse Andyn, antes de se retirar para seu quarto.

Kamilinha me olhou novamente, seu olhar mais suave desta vez.

— S/n, posso dormir com você hoje? — Perguntou, sua voz quase um sussurro.

— Claro, Kami. — Respondi, tentando não parecer tão ansiosa quanto me sentia.

Entramos no quarto e nos deitamos na cama. Kamilinha se aconchegou perto de mim, abraçando minha cintura. Senti um arrepio percorrer meu corpo todo, meu coração disparado.

— Boa noite, S/n. — Sussurrou ela, sua voz suave em meu ouvido.

— Boa noite, Kami. — Respondi, tentando controlar minha respiração.

Ela adormeceu rapidamente, mas eu fiquei acordada, meu corpo inteiro reagindo ao seu toque. Minha mente estava cheia de pensamentos e sentimentos conflitantes. Cada movimento dela, cada suspiro, me deixava mais desperta.

Será que Kamilinha estava começando a sentir algo por mim? Ou estava tudo na minha cabeça? Eu não sabia, mas uma coisa era certa: essa noite seria inesquecível.

um amor talvez proibido || Kamylinha SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora