um amor talvez proibido || Kamylinha Santos

BEIJOS E DESENCONTROS

A festa continuava animada, com a música alta e as luzes coloridas criando um clima vibrante. Henrique estava ao meu lado, me puxando para dançar. Kamilinha, por outro lado, parecia estar se divertindo com o garoto que havia convidado. Notei que ela dava umas sumidas com ele, o que me incomodava mais do que eu gostaria de admitir.

Enquanto dançávamos, Henrique colocou a mão na minha cintura e se aproximou, nossos lábios se encontrando em um beijo suave. Ele estava claramente tentando me distrair, e eu me deixei levar, tentando esquecer Kamilinha por um momento.

No entanto, toda vez que Kamilinha voltava, eu sentia seus olhos em mim. Ela observava cada movimento meu e de Henrique, e isso só me fazia querer beijá-lo mais, como uma forma de desafiar os sentimentos confusos que tinha por ela. Henrique parecia perceber essa dinâmica e continuava a me beijar, seus lábios tentando apagar qualquer dúvida que eu pudesse ter.

A noite avançou e, depois de um tempo, a festa começou a desacelerar. Henrique e eu dançamos a última música juntos, antes de todos começarem a se dispersar. Eu fui para o banheiro para tomar um banho, tentando ignorar Kamilinha, que estava no corredor. A água quente ajudou a relaxar meus músculos tensos, mas minha mente ainda estava a mil.

Depois do banho, fui direto para a cama, sem nem olhar para Kamilinha. Precisava de um momento de paz, longe de todos os sentimentos confusos que estavam me atormentando. Fechei os olhos, esperando que o sono viesse rápido e me tirasse daquele turbilhão emocional.

Na manhã seguinte, acordei decidida a disfarçar meus sentimentos. Henrique estava por perto, e ele se mostrou ainda mais grudado do que antes, o que não me incomodou. Na verdade, foi até um alívio ter alguém com quem me distrair. Hytalo, como sempre, estava com sua câmera, gravando todos os momentos. Ele era um profissional, e eu sabia que aqueles vídeos iriam para algum lugar nas redes sociais.

Enquanto tomávamos café da manhã, meu celular não parava de vibrar. As DMs estavam cheias de mensagens, a maioria delas falando sobre como eu e Henrique combinávamos. Também havia muitos edits nossos, o que me fez sorrir um pouco. Pelo menos, para o mundo lá fora, tudo parecia perfeito.

Henrique segurou minha mão por debaixo da mesa, dando-me um aperto suave. Sorri para ele, agradecida pelo apoio. Apesar da confusão com Kamilinha, era bom saber que tinha alguém do meu lado.

Mas a verdade é que, mesmo com todas as mensagens e a atenção de Henrique, eu não conseguia parar de pensar em Kamilinha. Toda vez que nossos olhares se cruzavam, eu sentia um aperto no coração. Precisávamos conversar, resolver tudo aquilo, mas eu não sabia como.

Ao longo do dia, tentei manter a compostura. Fomos para a praia novamente, nos divertimos e rimos, mas sempre havia uma tensão no ar quando Kamilinha estava por perto. Henrique continuava a me distrair, e por um tempo, isso funcionou.

Quando a noite caiu, voltamos para casa. Eu estava exausta, tanto física quanto emocionalmente. Sabia que precisava enfrentar Kamilinha, mas não naquela noite. Precisava de tempo para processar tudo e entender meus próprios sentimentos.

Fui para o meu quarto, me preparando para mais uma noite de sono agitado. Mas antes de dormir, recebi uma mensagem de Kamilinha. Ela queria conversar, resolver as coisas. Meu coração disparou. Talvez fosse finalmente o momento de confrontar nossos sentimentos e encontrar uma maneira de seguir em frente, juntas ou não.