CONFISSÕES À BEIRA-MAR

186 11 1
                                    

A festa na praia continuava animada quando Kamilinha e eu voltamos para o grupo. A fogueira lançava sombras dançantes nas faces de todos, e o som das risadas se misturava com o barulho das ondas quebrando suavemente na areia. No entanto, minha mente estava a mil por hora, tentando processar tudo o que havia acontecido e o que Kamilinha tinha confessado.

Sentei-me perto da fogueira, tentando parecer tranquila. Kamilinha se juntou a mim, e trocamos um olhar significativo antes de voltarmos nossa atenção para a conversa ao redor da fogueira. Hytalo se sentou ao nosso lado, parecendo pensativo, mas não disse nada. Apenas sua presença era reconfortante.

A noite foi passando, e aos poucos, as pessoas começaram a se dispersar. Alguns foram dar um mergulho noturno, outros foram para suas barracas ou voltaram para a casa de praia. Kamilinha e eu ficamos até o último minuto, relutantes em deixar aquele momento de paz.

— Vamos dar uma volta? — Sugeri, sentindo a necessidade de mais privacidade.

Kamilinha concordou, e nos levantamos, caminhando ao longo da praia, onde as ondas molhavam nossos pés. A lua cheia iluminava o caminho, criando um cenário quase mágico.

— Kami, o que você disse antes sobre o Gabb... — Comecei, quebrando o silêncio. — Eu não sabia que você se sentia assim.

— Nem eu, até ver ele com outras garotas. — Ela respondeu, suspirando. — Mas não é só isso. Acho que estou mais confusa do que nunca.

Parei de andar e virei para ela, segurando suas mãos.

— Kami, não precisa ter medo de ser honesta comigo. Eu estou aqui para você, sempre estive. — Disse, minha voz suave.

Ela olhou para mim, seus olhos brilhando à luz da lua.

— S/n, eu não consigo parar de pensar em você. Desde que você voltou, sinto algo diferente. Algo que nunca senti com o Gabb ou qualquer outra pessoa. — Ela confessou, sua voz carregada de emoção.

Meu coração bateu mais rápido, e senti meu rosto esquentar.

— Kami, eu sinto o mesmo. Desde sempre. — Admiti, apertando suas mãos. — Só que nunca soube como te dizer isso.

Ela deu um passo mais perto, nossos rostos a poucos centímetros de distância.

— Então talvez agora seja o momento certo. — Ela sussurrou antes de me beijar.

O beijo foi doce e cheio de sentimentos reprimidos, mas também havia uma urgência, uma necessidade de resolver todos os nossos sentimentos. Quando nos separamos, ambas estávamos ofegantes.

— Kami, o que vamos fazer agora? — Perguntei, a realidade começando a se infiltrar em nosso momento de sonho.

— Vamos dar um passo de cada vez. — Ela disse, sorrindo. — O importante é que estamos juntas nisso.

Assenti, sentindo uma onda de alívio e felicidade.

— Juntas. — Repeti, segurando-a perto.

Voltamos para a fogueira, onde alguns dos nossos amigos ainda estavam. Sentamos ao lado deles, mãos entrelaçadas, e compartilhamos o resto da noite sob as estrelas, sabendo que, embora houvesse desafios pela frente, enfrentaríamos tudo juntas.

um amor talvez proibido || Kamylinha SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora