𝗻𝗶𝗻𝗲|𝗺𝗮𝗸𝗲 𝗺𝗲 𝗳𝗲𝗲𝗹 𝘁𝗵𝗶𝘀 𝗺𝘂𝗰𝗵

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nine|Oh, God, it's just not fair of him to make me feel this much
lily's pov

Timothée estava na minha sala de estar brincando com a minha pequena coleção de polaroids, fiquei de longe o observando, os cachinhos molhados pelo banho recente e o moletom que Mason esqueceu aqui, agora tinha um novo dono

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Timothée estava na minha sala de estar brincando com a minha pequena coleção de polaroids, fiquei de longe o observando, os cachinhos molhados pelo banho recente e o moletom que Mason esqueceu aqui, agora tinha um novo dono. Um dono bem bonito diga-se de passagem.

— Posso sentir seus olhos sobre mim Abrams. — Ele riu baixo.

— Desculpe. — Meu tom não saiu alto, de forma que me aproximei dele furtivamente. — Só achei fofinho você olhando minhas fotos.

— E eu estranho de não ter nenhuma minha aqui. — Respondeu brincalhão.

— Podemos resolver isso. — Sorri para ele. — Vou pegar a câmera.

Fui e voltei rapidamente com a pequena câmera na mão, adicionei o filme e me preparei para foto:

— Um pequeno sorriso... — Falei para ele que me obedeceu.

Em poucos segundos a foto estava pronta.

— Ficou linda. — Mostrei para ele. Apesar do cenário caseiro e de não estarmos em nosso melhor estado, cabelos molhados, moletons velhos e sem mais resquício de maquiagem, aquele havia sido um dos meus sorrisos mais genuínos dos últimos meses.

— Você é a parte bonita da foto no caso. — Mentiroso. Ele estava bem melhor que eu. — Meus olhos saíram fechados.

— Mas esse é o charme. — Sorri de volta pra ele. — Tenho certeza que viraria Icon se estivesse na Internet.

— Tudo vira icon.

— Você quer fazer o quê se você fica bonito de toda maneira. — Dei os ombros, o rosto de Timothée ganhou uma cor roseada, ele estava corando, e eu nem sabia que isso era possível, logo ele que era tão confiante e sempre tinha um resposta pra tudo, exceto isso. — Até tímido você fica fofo.

— Posso dizer o mesmo de você. — Subiu o seu olhar para mim, ainda estava com as bochechas um pouco vermelho e estava tímido, mas ele era assim. — Sua voz fica mais fina, e os olhos brilham de felicidade, você abre um semi sorriso e claro, as bochechas coradas, como você tá agora. — Ele riu de mim enquanto sentia meu rosto esquentar, ódio.

— Que sem graça Chalamet! — Soltei uma risada, tentando não me intimidar por tudo aquilo. — Não pode ficar me elogiando assim.

— Claro que eu posso, como seu namorado de mentir é o meu dever... Lá vai outra. — Imediatamente me agarrei na almofada de nervosismo, o que esse homem iria inventar? — Lily, acredite mais nas pessoas quando elas falam bem sobre você, não é mentira, jamais será...

— Você sabe bem o quão maldosas elas podem ser. — Engoli o seco, eu não era a pessoa que mais acreditava quando alguém me falava que gostava de mim e outras coisas, era algo um tanto pessoal até. Um dia me disseram que minha música era perfeita e que me amavam, um tempo depois descobri que essa pessoa era dona de uma página de hate minha e fez o vídeo pra brincar comigo, desde então, eu tenho cuidado sobre o que acreditar e o que sobre não.

— Eu sei da história da página de hate e afins... — Ele suspirou. — Mas isso não diz nada sobre você! Como diria? Você é tão cativante... A maneira que acolhe os fãs, quando está distraída com a Cat, ou até mesmo quando está com vergonha, você é tão extraordinária e surpreendente tudo ao mesmo tempo, acho que até mais do que isso que eu disse... Resumindo Abrams, você é muito mais do que pensa que é. — Merda Timothée. Odeio quando você faz isso. Ele não fazia a mínima ideia o que causava em mim, as batidas rápidas do meu coração, á vontade estranha de o querer mais perto de mim, os sorriso bobos que eu dava antes de dormir toda vez que ele me elogiava assim, mas a única reação que eu conseguia ter era sorrir pateticamente enquanto repassava palavra por palavra, como uma adolescente boba.

— Bobo, eu nem sei o que responder. — Ri pro chão sem conseguir o encarar, eu me sentia vulnerável demais para fazer qualquer movimento naquele momento. — Eu sou a compositora aqui.

— Posso ser o co-autor. — Ele deu os ombros, observei os cachos caírem sobre seu rosto. Ele provavelmente precisava cortar o cabelo, mas não podia deixar de o achar charmoso daquela jeito.

— Não seria uma má ideia. — Lhe entreguei um sorriso. — Podia me ajudar a escrever a música do nosso namoro falso. — Que sinceramente não seria tão difícil, aquele garoto seria o namorado perfeito para alguém algum dia, então havia inspiração de sobra pra escrever uma música sobre isso.

— Não sei, a única coisa que me veio a mente foi flamingos e a Boulevard.

— É algo... — Dei os ombros. — Vou pegar o violão e a gente pode tentar pensar em algo... — Voltei com o violão na mão, pensando na batida que poderia ter.

Dedilhei o primeiro acorde, D:

— Flamingo pink, Sunrise boulevard. — Comecei a cantar suavemente, Timmy estava totalmente focado naquilo... — Bom, temos a primeira linha... — Dei os ombros pro garoto que me respondeu com uma risada.

— Bom, agora é com você, minhas ideias se esgotaram.

— Eu venho escrevendo pequenos versos no meu caderninho de composição, vou pegar, já volto. — Saí atrás das minhas anotações, que eram quase uma música, mas não havia refrão certo, eu não conseguia pensar em nada que fosse bom o bastante. Nada conseguia estimular minha criatividade.

— Love to think you'll never forget. — Cantarolei baixinho. Acorde D também. Anotei no celular, talvez pudesse ser parte do refrão.

Ou não, ainda não estava bom o bastante.

— Lily! A Cat tá te ligando! — Timothée me gritou.

— Atende e fala que eu já vou. — Suspirei voltando a minha missão inicial.

— Ela disse que é urgente! — Ele me gritou de volta.

O que pode ser urgente a uma e meia da madrugada Catherine?

— Eu já vou! — Gritei novamente abrindo a gaveta e pegando meu caderno, enquanto corria de volta para baixo. — O que foi?

— Frankie vai lançar uma música e bom... O nome dela já diz muita coisa.




𝗙𝗟𝗔𝗦𝗛𝗜𝗡𝗚 𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧𝗦| 𝗧𝗜𝗠𝗢𝗧𝗛𝗘𝗘 𝗖𝗛𝗔𝗟𝗔𝗠𝗘𝗧Onde histórias criam vida. Descubra agora