Capítulo 37/ A VERDADE

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Pov Luiza Campos


Uma hora depois, estávamos fora de perigo – dentro do possível. Minha cabeça latejava após ser bombardeada com tantas informações. Eu não conseguia raciocinar. Olhava o ambiente dentro do galpão para qual viemos. Um painel enorme conectado a computadores, a iluminação em meia fase, algumas armas espalhadas pelos cantos, rostos de vários homens em fotografia penduradas num quadro de painel.

Havia dois policiais lá fora de vigia. Pelo que entendi, restaram apenas quatro de doze policiais da operação. Eles dois, Olívia e Griffin. Voltei a observar todos ao meu redor. Amabeli parecia outra pessoa, completamente assustada nos braços da irmã mais velha que tentava acalmá-la. Rafa estava em uma das salas cuidando dos ferimentos de Griffin, o policial havia sido atingido por um tiro na perna, mas estava bem. Camila estava fissurada nos computadores enquanto falava com alguém no telefone. Olívia estava totalmente inquieta, em ligação o tempo todo.

Enquanto ela caminha de um lado para o outro, consigo ouvir algumas frases da policial, como:

Não quero te desobedecer mas não podemos esperar até amanhã, Franco.

Eles estão com uma amiga, nós estamos com quatro deles. Incluindo o Fernando.

Não vai dar, eles mataram os seus homens. Me desculpe!

Não conseguimos evitar. Foi muito rápido! Eram muitos deles contra nós.

Eu acho que foi uma armadilha do Xande. Ele já estava desconfiado!

Franco, não vamos conseguir enfrentá-los. Vai ter que ser do outro jeito.

Eu sei que não é certo! Mas é impossível vencê-los de outra forma.

Griffin foi baleado, não posso contar com ele. Só tenho dois homens agora!

Nós vamos ter que seguir com o plano B, Franco. Não da pra esperar. Não podemos arriscar.

Quantas vidas mais eles vão ceifar se não os pararmos agora?

Eu acho que vocês conseguem pousar o helicóptero aqui. Vamos dar um jeito!

Não sei quantos eles são. Mas muito mais que nós! Não dá pra enfrentar direto.

Eliminá-los é o único jeito. Você sabe disso!

Espero o contato deles. Mas nós temos que agir ainda hoje!

Tudo bem, venha logo, por favor. Eu preciso da sua ajuda!

Suspiro frustrada. Meus olhos procuram por Valentina, a vocalista está sentada em uma poltrona afastada. Sua expressão melancólica faz com que a raiva que eu sinto dela por ter me escondido tudo isso, diminua em partes. Ela segura o rosto entre as mãos e posso jurar que está chorando em silêncio.

Ana: Ela chegou! – Diz, chamando a atenção e indo em direção a porta.

Luiza: Ela quem? – Pergunto confusa, encarando a porta.

Meu sentimento de raiva, que havia diminuído, é dobrado quando vejo Tiesa, acompanhada de um outro homem, entrar pela porta. Olívia a encara como se estivesse a repreendendo.

Tiesa: Calma! – Pede a policial. – Ele é meu amigo! Pode confiar. Estávamos juntos quando a Valen me ligou pra vir até aqui.

Luiza: Ah, claro! É óbvio que eu seria a última pessoa a saber desse circo todo! – Exclamo irritada.

A vocalista me encara por alguns segundos, mas parece nem se importar com a minha irritação.

Olívia: Luiza, agora não é hora pra isso! – Me repreende.

Caos Perfeito - VaLuWhere stories live. Discover now