Depois de abandonar Jihoon com minha irmã no saguão, esperei calmamente sentado no sofá, bebericando um energético. Passaram-se uns 40 minutos e ele ainda não subiu. Deixei que fizesse o que seu coração desejasse sem que houvesse alguma interferência minha. Prestes a ficar entediado e trocando de canais sem encontrar algo de meu interesse, ouço o bip da porta ao ser destravada.
— Podemos ir? — Jihoon pergunta ainda sem aparecer em meu campo de visão.
Sorridente, me levanto, desligando o aparelho à minha frente, colocando o controle e minha bebida na mesa de centro. Hoon passa por mim indo até o quarto e depois volta segurando uma pasta de documentos.
— O que é isso, não vamos adotar uma criança hoje, né? — brinquei, tentando descontrair, já que ele parece um pouco tenso. Ele apenas me encara e nega com a cabeça. — Você demorou com Minji, aconteceu algo estranho?
— Bom, qualquer interação com ela é um pouco estranha, mas não, fomos ao banco aqui perto, eu emprestei o dinheiro e depois levei as crianças até a casa de sua mãe, enquanto Minji foi à delegacia. Vamos?
Concordo com a cabeça, seguindo seus passos até a porta.
— Você não precisava fazer isso, meu amor. Prometo te devolver o dinheiro.
Jihoon para em frente à porta e sinaliza para que eu saia. Depois, calmamente, me acompanha, trancando a porta em seguida. Depois, sorri, entregando a pasta para mim e me convidando a ir até o elevador.
— Não seja bobo, eu quis fazer isso, e acho que foi a primeira vez que passei mais de 2 minutos sozinho com sua irmã — sorrio com ele, convidando-o a optar pelas escadas. Ele concorda. — Eu tive pena dela, ela não parece muito bem, Haru.
Confuso, paro no lugar, tentando entender o que Jihoon quer dizer, tentando me recordar de algo que possa dar sentido à sua frase. Tendo em vista toda situação envolvendo Taekwon, não acho que seu casamento seja minimamente saudável.
— Como assim?
— Eu não sei explicar, ela só não parece... feliz.
— Provavelmente seja porque ela é uma maluca.
Hoon, parecendo menos tenso, sorri e concorda que talvez seja isso. Então, seguimos em silêncio até o estacionamento.
🥊
O
orfanato ajudado por Jihoon não se parece em nada com um daqueles que aparecem nas novelas da TV; na verdade, é como se fosse uma creche pública onde pequenas crianças foram abandonadas e seus pais não vêm buscá-las no final do dia. Apesar de todos os pesares e da impressão de precariedade, a diretora, animada com minha visita, faz questão de me mostrar todas as melhorias que aconteceram graças a Jihoon.
Fiquei encantado ao me deparar com uma sala colorida, tão diferente dos tons neutros de todo o prédio: uma brinquedoteca lotada de crianças, brinquedos e jogos divertidos. Ao chegarmos, muitas crianças vieram cumprimentar Jihoon, enquanto ele carinhosamente as cumprimenta e as chama pelo nome.
— Quem é esse tio, Jihoon? — uma menina linda de bochechas gordas e franjinha aponta para mim, que permaneço um pouco desajeitado ao lado de Jihoon.
— Esse é o tio Haru, querida, o parceiro do titio Jihoon — ele responde.
— Oi, mocinha, como você se chama? — tento interagir.
— Você é a esposa do tio? — ela pergunta, parecendo curiosa, fazendo Jihoon rir divertido.
— Hana! — a diretora repreende.
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Sangue, Suor e Lágrimas 🥊
Storie d'amoreNo pugilismo, tudo parece estar de cabeça para baixo: às vezes, é mais vantajoso recuar antes de tentar acertar um golpe, mas recuar demais pode levar à derrota. O boxe envolve respeito e a conquista pessoal à custa do adversário. Nesse ambiente pr...