Aurora Vermelha

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Com o passar dos dias, o frio daquele inverno se intensificava, tornando as rondas diárias dos guardas cada vez mais difíceis. Todos podiam ver que este seria o inverno mais rigoroso dentre todos anteriores.

SeokJin, que havia retornado ao castelo e agora estava encarregado das refeições do rei ômega, começava a se culpar por não ter aceitado a oferta de Jimin desde a primeira vez. Desde que passou a preparar as refeições, a recuperação de Jungkook se tornava visível para todos.

Claro, o ômega ainda enfrentava noites mal dormidas, e o cansaço ainda gerava certa preocupação. No entanto, pelo menos ele conseguia manter o alimento em seu estômago, o que era um bom sinal para todos, visto que estava um pouco mais forte.

Com as nevascas constantes daquele inverno, o rei tinha poucas decisões a tomar e podia passar mais tempo com o marido. Jungkook ainda reclamava das dores a cada vez que o filho se espreguiçava dentro de sua barriga, mas quanto a isso, nada podia ser feito.

Nessas horas, Jimin ficava maravilhado ao ver o contorno dos pés e das mãozinhas do bebê através da fina camada de pele da barriga de Jungkook, muitas vezes ficando com os olhos marejados.

Isso o tornava alvo de zombarias entre seus soldados. Claro, essas brincadeiras eram feitas longe dos ouvidos do antigo general, para evitar reprimendas e até uma possível transferência para uma das torres de vigia mais distantes do castelo como punição.

Para os soldados, ainda era novo ver o orgulhoso general Park, que havia dobrado tantos alfas ao seu bel-prazer, se emocionando com as pequenas ações naturais de um bebê dentro da barriga de seu pai.

Igualmente estranho para eles era terem que se acostumar com a imagem do Rei Jeon, que, apesar de ter diminuído sua massa muscular devido à recente perda de peso, agora carregava uma enorme barriga que parecia prestes a estourar a qualquer momento.

Certa vez, quando Jimin foi expulso do quarto por Jungkook, que desejava um pouco de privacidade para seu banho, ele se juntou aos soldados ao redor de uma fogueira para beber e conversar como outrora fazia.

Neste dia em questão, SooHyun havia questionado se Jungkook não estava esperando gêmeos pelo tamanho de sua barriga, ao que Jimin prontamente o respondeu:

— Não são dois, é apenas um. — disse, o orgulho transbordando em sua voz.

— Então quer dizer que é um meninão, majestade? — SooHyun animado pela bebida, esqueceu o título que o Park agora carregava e deu um tapa forte no braço de Jimin, que riu dando de ombros.

— Mas como sabes que é apenas um?

— Eu simplesmente sei, afinal sou o pai dele. — respondeu Jimin, dando um generoso gole em sua bebida.

— Hum, então já sabe a qual classe ele pertence, não é mesmo? — Bogum se aproximou, observando Jimin dar de ombros novamente.

— Ah, qual é, Jimin, diz logo, é um alfa? Ômega? Beta? — Yoongi perguntou, curioso.

— Eu e Jungkook não nos importamos com a classe de nosso filho, muito menos se será um menino ou uma menina, então...

— Mas você já sabe tudo isso, apenas não quer nos contar por medo de que um de nós acabe falando algo na frente de Jungkook, né? — Taehyung comentou, cruzando os braços.

— Verdade seja dita, Tae, apenas você o faria. — Namjoon disse, rolando os olhos.

— Isso não é verdade! — Indignado, protestou o Kim mais novo.

— Ah não? E quem foi que revelou que Jimin havia ido beber na taverna semana passada, hein? — Yoongi deu um tapa no braço do mais novo.

— Em minha defesa, eu estava um pouco bêbado naquele dia, estamos entendidos? — Taehyung apontou com o dedo.

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