A sala é pequena e austera, com uma mesa simples e duas cadeiras. John Kreese, que antes tinha sua postura imponente e olhos penetrantes, agora está com um olhar de dor e confusão, está sentado de um lado da mesa. Do outro lado, está a conselheira, uma mulher de meia-idade com uma expressão calma e compreensiva.
— É isso aí. É o fim da linha. - Kreese fala.
— Eu nunca achei que fosse um derrotista, John. - A conselheira disse.
— Não, um realista. - disse Kreese. — Eu sei que meu tempo tá acabando e que vou passar meus últimos dias... aqui.
— Você não sabe disse, não com certeza. - disse a conselheira esperançosa.
— Qual é, doutora? Um cara como eu num lugar como esse? Eu tô só definhando. - disse Kreese óbvio.
— Mas é uma escolha, não é? Pode achar um significado, propósito, até mesmo aqui. Se você quiser. - disse a conselheira tentando ser positiva.
— Eu cometi muito erros na minha vida. Aprendi duras lições, mas passar o conhecimento pros meus alunos, pra que não cometessem os mesmos erros... isso me dava propósito. Tudo pelo que já lutei está perdido. Toda marca que eu fiz, toda lembrança de mim será apagada. - disse Kreese
— Quem falou? - a conselheira pergunta.
— A melhor aluna que eu já tive. Ela era como uma filha pra mim. Só que agora eu perdi ela, pra sempre. - Disse Kreese com lágrimas nos olhos ao pensar em Georgina.
— Sim, John, você cometeu erros, mas ainda tem tempo de tentar consertar as coisas. Você me falou que tem lutado a vida toda. Então continue lutando, mas com o seu coração e a alma em vez dos punhos. Use o tempo que te resta para escrever um final que deixe você muito orgulhoso. - A conselheira de aproxima de Kreese e fala.
No refeitório da prisão, Kreese vê um de seus homens prestes a arrumar briga. Logo o mais velho se aproxima.
— Chega! - Kreese ordena.— Mas esse merda pediu por isso. - O homem se explica.
— Deixa pra lá, não vale a pena. - Kreese se põe na frente do homem, que logo tira uma faca e ataca brutalmente Kreese na barriga.
— Sayonara, sensei.
John Kreese estava morto. E como sua 'melhor aluna' disse, o seu legado está apagado. Mas não por muito tempo.
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A noite de entretenimento de Johnny, Daniel e Chozen não teria saído como planejado, já que a limusine fora sequestrada. Eles já estavam presos lá dentro a um tempo, até que a limusine para bruscamente e a porta se abre. Daniel sendo puxado para o lado de fora é jogado no chão por uma figura conhecida.
— Você arruinou a minha vida, LaRusso.— Mike? - Daniel fala ao ver o Barnes.
— Você tirou tudo de mim! - Mike fala pegando Daniel pela gola da blusa.
— Ei, não é culpa do Daniel-san. - Chozen sai da limusine e fala.
— Então de quem é a culpa? - Mike fala esbravejado.
— Ai! Tira suas mãos dele! - Johnny sai da limusine capotando, e na tentativa de jogar uma latinha vazia de cerveja em Mike acaba acertando daniel que resmunga.
Johnny parte pra cima de Mike que faz o mesmo.
— Parem com isso agora! - Daniel e Chozen tentam separar a briga.— E quem é esse cara? - Johnny pergunta.
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Shadow of the legacy | Robby Keene
FanfictionNo tranquilo vale de Reseda, a incrível patinadora artística Georgina Mills, decidiu mudar seu destino ao ingressar no Cobra Kai após um acidente que arruinou sua carreira. Ao mergulhar nas artes marciais, ela desvenda segredos ocultos do passado de...