Acredite Rosalina não foi fácil para mim admitir que estava apaixonada por seu pai, sabia o estrago que Paulo havia feito com sua tia ao partir e como aquilo havia afetado nossa amizade. Não queria ser a responsável por estragar a amizade de Ally e Daniel, mas não conseguia mais controlar meu coração. Ah pequena, nosso coração consegue ser tão traiçoeiro as vezes.
- Não quero que vá. - pronuncuei finalmente.
- Mas não quer que eu fique.
- Eu estou com medo Paulo. - confessei, não havia mais razão para mentir, ele precisava saber a verdade - Estou com medo de me entregar a você totalmente, tenho medo do estrago que isso possa resultar depois. — o modelo me olhava, esperando uma conclusão minha - Estou com medo por Rosalina. - suspirei - Porque se isso der errado eu não terei mais Maria e Daniel para me ajudar, não terei mais como me fechar para o mundo e focar no meu trabalho.
— Ally por mais que eu ame o som da sua voz, gostaria que fosse direto ao ponto.
— Porque sou eu que tem que decidir o que fazer agora? - suspirei e ele sorriu.
— Você nos colocou nesta situação coração. - suas mãos pararam em meu rosto com uma leve carícia.
- Não consigo te rejeitar assim.
Paulo riu.
— Então vai me rejeitar?
— Fica difícil de pensar neste lugar.
— Porque?
- Lembranças.
O modelo sorriu abertamente, encostando sua testa na minha.
Onze anos antes
- E se fugíssemos?
- Fugir? Paulo.
Revirei os olhos. Estávamos na cobertura do novo prédio comercial dos Guerra, a vista aqui era magnífica, principalmente durante a noite. Paulo estava "fugindo" do pai, o motivo? Festa. Enquanto Ron viajava, Paulo inventou de dar uma enorme festa em sua casa, sem antes consultar seu pai. O resultado? Diversos objetos quebrados e um pai revoltado.
- Sim, vamos coração, podemos ir para onde você quiser.
- Não Paulo.
- Por favor. - ri dos seus olhos pidões.
- Lide com seus problemas sozinhos.
- Péssima namorada você.
Um arrepio passou pelo meu corpo. Namorada, adorava como uma simples palavra me deixava boba.
- Paulo.
- Sem Paulo para você.
Gargalhei.
- Birrento.
— Eu?
— Tem mais alguém aqui?
- Deveria ter chamado o Daniel.
Coloquei as mãos sobre o peito como se me sentisse ofendida.
- Não creio Paulo Guerra, está me traindo.
- Oh coração, você é apenas uma fachada.
- Como Maria está? - o rapaz se deitou sobre minha perna, me permitindo lhe fazer cafuné.
— Por incrível que pareça ela está super bem.
- Bem?
- Sim, o término fez maravilhas com ela.
- Definitivamente nunca entenderei Maria
.
- Ninguém entende.- O Daniel entende. - mordi o lábio inferior com a ideia em minha cabeça.
— O que foi?
— O que?
— Você parou de falar e sua cabeça está explodindo.
- Idiota.
- Me conta coração, o que se passou pela sua cabeça?
— Majo e Daniel, sei que é impossível, mas...
— Também éramos "impossível" coração.
- Estamos falando de Maria e Daniel, amor.
Ele sorriu.
— Nada é impossível.
Atualmente
— Eu venci a aposta.
- Aposta?
- É coração, Maria e Daniel.
- Não apostamos nada Paulo.
— Você disse que era impossível.
— E daí? Realmente era.
- Você perdeu.
- Não era uma aposta Paulo. — ele riu, suas mãos agarram minha cintura.
- Sempre é uma aposta coração.
- O que fez com Marie?
- Nada ainda.
- Paulo...
- Colocamos pessoas para investigarem ela, quando tivermos prova o suficiente iremos para o tribunal.
- E Sofia?
— Ela ficará bem, meu pai está providenciando uma casa para ela longe daqui, apenas enquanto tudo isso ocorre.
— E ela concorda com isso?
- Contanto que o pai do bebê vá junto.
— Vai me contar quem é?
- Não. - sorriu.
— Paulo!
— Você não queria saber antes coração, não irei falar agora.
- Você é terrível Paulo Guerra.
- Eu sei. - suspirou - Ainda precisa de tempo para pensar?
Mas não fique com medo minha pequena, faça o que seu coração pedir, ele sempre está certo no final.
- Preciso apenas de você, Paulo Guerra.
O modelo sorriu, suas mãos apertaram minha cintura e seus lábios tomaram os meus para si, aquela era a nossa melhor maneira de dizer " Eu amo você".
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De repente mãe - PAULICIA
FanfictionPAULICIA + | Alícia Gusman é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena Rosalina. Nunca havia pensado em filhos, muito menos naquele momento de sua vida mas não podia recusar o último desejo de sua ami...