Epílogo

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02 de Fevereiro de 2016

Acordo em sua cama no dia seguinte um pouco tonto pelo cansaço. Estava usando uma camisa cinza e uma cueca branca que não era minha.

Sento na cama e fito seu quarto. A luz da manhã passava por suas cortinas e iluminava todo o canto, fazendo aquele quarto de tons aparentemente escuros, mostrar suas verdadeiras cores. Nossas roupas no chão, duas camisinhas jogadas ao lado da cama, não me lembrava de ter feito tanta coisa assim, isso explica o cansaço.

Então o vejo na porta, apenas com um short azul claro me olhando com um sorriso no rosto de orelha a orelha. Seu cabelo completamente bagunçado e mãos sujas de comida. Logo me vejo sorrindo em sua direção também.

— Bom dia, Benjamin — Sua voz sai tão doce quanto mel — Dormiu bem?

— Já falei pra não me chamar assim — O reprovo — Ninguém me chama assim.

— Exatamente, serei o único.

— A gente ficou acordado fazendo coisas até que horas?

— "Fazendo coisas" — Ele ri — Bom, você dormiu no começo da segunda vez.

— Meu Deus, eu tava tão bêbado... Você quem colocou essa roupa em mim?

— Sim, tava tremendo de frio depois de um tempo. Acordei agora pouco, tentei te fazer café da manhã mas acabei queimando o ovo.

— Não precisa fazer tudo sozinho, eu te ajudo. O que a gente fez ontem? — Pergunto, ainda inconformado com a cena do crime.

— Desculpa, mas eu fiz tudo que você me mandou fazer.

— Eu nem me lembro direito, só que foi bom.

— Eu também só me lembro disso. E que estava morrendo de medo, nunca tinha feito com um garoto antes.

— Preciso levantar... pra ir no banheiro.

— Quer que eu te carregue?

— Haha muito engraçado, mas eu consigo.

Me levanto e vou na direção do banheiro. Percebo as marcas de chupão por meu pescoço e parte do meu peitoral.

— Daniel! — Grito, tocando meu pescoço sem acreditar — Meu pescoço, o que eu vou fazer?

— O que tem? — Pergunta ao meu olhar pelo espelho

— Meu pescoço tá todo roxo, como-- o que eu faço?

— É só jogar um pouco de maquiagem, ninguém vai notar.

— Eu não precisaria jogar maquiagem se você não agisse igual um adolescente.

— Tá, eu te ajudo com isso--

— Ah mas você vai mesmo. Está trinta graus lá fora e não vou sair igual maluco com um cachecol no pescoço.

— Tudo bem Chefe! Nossa, não lembrava de você ser tão mandão.

— Mas eu lembro muito bem de você fazer esse tipo de merda!

— Nós nunca transamos Benjamin! — Ele grita do corredor.

— E se continuar assim, não vamos mais!

— Quer dizer que vai ter uma segunda vez?

— Cala a boca!

Ouço a porta da casa bater e o silêncio no ar. Não pude deixar de esconder o sorriso. Realmente foi uma ótima noite.

Meu Amor Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora