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O dia estava excepcionalmente quente, mas como era costume de Angélica, estava ela mais uma manhã  aos primeiros raios solares percorrendo a sua fazenda montada em sua égua Fúria. Aquele nome não fora ela quem dera. O animal já havia chegado nomeado. Mas a égua era tão mansa e dócil que ela não entedia o paradoxo. Fúria havia sido um presente de seu finado marido.

Angélica estava com seu braço direto na fazenda: Matteo. Matteo era um imigrante italiano e os dois se tornaram amigos. Ele havia ensinado a Angélica sobre os negócios do café antes mesmo de Augusto morrer. Ela lhe devia demais e gostava deveras dele. Gostava de conversar com ele, de ouvir suas orientações sobre os negócios da fazenda, sobre a vida. Ele não era um homem culto, mas entendia muito bem da vida. O problema era que há muito tempo Matteo desenvolvera sentimentos por ela que Angélica não retribuía. Ele era uma amigo querido. Um homem bonito. Um homem que qualquer mulher gostaria de ter. Mas Angélica o via apenas como um amigo.

Angélica e Matteo examinavam o cafezal, mas pararam sua cavalgada quando avistaram ao longe um cavaleiro vir em sua direção

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Angélica e Matteo examinavam o cafezal, mas pararam sua cavalgada quando avistaram ao longe um cavaleiro vir em sua direção.

- Quem pode ser? - Angélica perguntou a Matteo.

- Não faço ideia.

Eles então esperaram o homem. Quando se aproximou, Angélica sentiu algo diferente. Seu coração acelerou. Ele era um homem bonito, mas não fora isso que chamara a sua atenção. Ele estava imponentemente montado em seu cavalo negro igualmente impotente. Ele era um homem grande: forte e alto. Ela notou seus ombros largos. Ela notou também a excelente qualidade de suas roupas e as calças que moldavam suas pernas musculosas. Seu cabelo era claro e sua pele estava bronzeada pelo sol, sem dúvida um trabalhador braçal, mas suas roupas não condiziam com aquela condição. Parecia alguém com dinheiro.

E ele era bonito. Mas sua postura auto-confiante que mostrava poder e orgulho congelou Angélica. Ela nunca se sentira assim tão perturbada com o sexo oposto.

- Bom dia, senhora. - ele se referiu apenas a ela. Não a Matteo e isso a deixou incomodada. Sua voz estava envolvida em arrogância.

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Era uma vez... A viúva virgemOnde histórias criam vida. Descubra agora