XVI

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Ela nunca fora mulher de desmaiar. Nunca desmaiara na vida, mas seus joelhos estavam absurdamente fracos, e sua cabeça estava além das nuvens que ela temia desabar do alto. Não estava sob controle. Não se sentia sob controle. Sentia como se estivesse flutuando em um sonho do qual nunca queria acordar. Só que seus sonhos nunca foram eróticos, e certamente não incluíam um homem lindo diante dela, tremendo por querê-la muito e encarando-a como se ela fosse a única mulher no mundo.

A boca dele se colou na dela, absorvendo-a até deixá-la sem conseguir respirar. Quando ele afastou os lábios, ambos arfaram por ar. Antes que ela conseguisse recuperar os sentidos, ele correu a boca calorosamente por sua mandíbula e depois por seu pescoço. A palma da mão dele escorregou por ela, acariciando-a de forma reverente. Os seios dela estavam pesados. Doloridos. E muito tensos. Seus mamilos se contraíram e endureceram, como bicos, implorando pelo toque dele. Ela prendeu a respiração quando os dedos dele acariciaram seus mamilos e quando a língua dele acariciou os mamilos rígidos fazendo seu corpo se contorcer. Estilhaços de um prazer extraordinário riscaram seu abdome e desceram para baixo. Seu ventre se contraiu e sua região mais íntima ficou úmida. Ela estava inchada e... quente.

A cada chupada, ela gemia e onda após onda de prazer formavam-se implacavelmente em seu ventre. Ele girou a língua em volta de cada mamilo, primeiro um, depois o outro. Ele estava agindo como um homem faminto. Mesmo assim, era excessivamente gentil e, às vezes, bruto. Ela ficava confusa. Queria mais. Precisava de mais, mas não tinha certeza do que exatamente queria ou precisava.

Ele escorregou a língua ao redor do seio dela, depois para cima da parte de baixo, até ele voltar para a boca dela e fincar os dentes ali. Então chupou e sugou fazendo-a gritar e cravar as unhas em seus ombros largos.

- Você é magnífica, Angélica. - ele murmurou baixinho contra sua pele, enquanto beijava o vale entre seus seios.

As palavras dele encheram o coração dela, dando-lhe um conforto de que ela não sabia necessitar. Ele beijou um caminho até seu umbigo, movendo-se conforme sua boca ia mais para baixo. Lambeu-o e, então, raspou os dentes em sua pele. Mais arrepios se espalharam pela barriga dela, e ele ainda descia mais, chocando-a com sua ousadia.

Jorge abriu as pernas dela e posicionou o corpo de forma que sua cabeça estivesse em cima da pélvis. Ele olhou para ela e deu um sorriso safado. Ela arregalou os olhos quando ele abaixou a cabeça. Ele não podia. Com certeza, não o faria. Ela arfou quando ele fez. Angélica estava tão indignada que não conseguiu formar uma simples frase de objeção quando ele pressionou um beijo em sua pele úmida e latejante. Então ele a lambeu. Com certeza uma lambida pecaminosa. Chupou seu clitóris até ela se tornar uma massa incoerente. Angélica tremeu descontroladamente. Suas coxas bambearam e seus joelhos estremeceram. Sua barriga tremeu e seus seios se endureceram. Ficaram tão insuportavelmente rígidos que ela queria sair de sua pele.

Ela tremeu da cabeça aos pés com aquele  ataque de prazer e gritou quando o clímax saiu de suas profundezas. Angélica se sentia uma mulher naquela noite. Sentia-se linda e desejada. Como uma noiva deveria se sentir. Como deveria ter se sentido quando se casou com Augusto.

Foi a experiência mais confusa, mais poderosa e mais absolutamente maravilhosa de sua vida.
Jorge caiu em cima dela, ela fechou os olhos e se desmanchou na cama, tão mole, tão positivamente satisfeita, que não conseguiria mexer um dedo sequer.

Ah, sim, com certeza ele dissera a verdade sobre beijar. Havia mesmo várias formas de beijo entre um homem e uma mulher.

- Você tem gosto de mel. - ele falou.

Era uma vez... A viúva virgemOnde histórias criam vida. Descubra agora