Eu e Jack namoramos a pouco tempo, e só agora ele está indo conhecer minha família no Brasil. As férias dele estão prestes a acabar, daqui umas duas semanas os treinos e os jogos dele voltam.
Antes de me mudar para os Estados Unidos, já tive uma casa própria aqui no Brasil, na verdade ainda tenho, ganhei ela dos meus pais quando tinha quatorze anos. Enfim a vida de herdeira!
Minha mãe é dona da Planet Girls e meu pai é dono da Polo Wear, sempre tive tudo praticamente na palma da minha mãe, e sou inúmeras vezes grata por ter nascido no “berço de ouro”.
Aos meus dezesseis anos me mudei para os Estados Unidos sozinha, com autorização dos meus pais e tudo. Eu estudo na universidade de Harvard, estou fazendo faculdade de moda, seguindo o mesmo rumo dos meus pais, assim como eu sempre quis.
A mensalidade de lá é cara pra caralho, por isso pra minha sorte eu consegui uma bolsa de estudos lá e pago menos, não anula cem por cento do valor, mas pelo menos diminui bastante.
Eu e Jack nos conhecemos quando ele estava na praça jogando bola e eu vi ele de longe e decretei; “ele vai ser meu”.
Quando vi que ele saiu do campinho pra ir beber água, larguei meu celular com a minha amiga e decidi que o destino iria nos unir, nem que fosse forçado. E no fim, foi isso que aconteceu.
Ele estava saindo do bebedouro quando eu propositalmente esbarrei nele, derrubando os livros que estavam em minhas mãos e na minha cabeça ele iria me ajudar a catar os livros, mas não, ele ficou moscando olhando pra minha cara.
Ele ficou literalmente paralisado, congelado sei lá. Na hora eu pedi desculpas e ele sorriu fraco, dizendo que estava tudo bem e perguntou o que eu estava lendo. Eu estava com o livro de Devils Night em mãos, então eu apenas respondi que era um livro de romance.
Ele disse que já havia lido esse livro e eu perguntei se era bom, e ele confirmou que sim -spoiler: quando começamos a namorar, ele disse que nunca leu UM livro se quer na vida dele- e depois eu perguntei o nome dele, ele respondeu e fez o mesmo comigo, que também respondi.
Ele perguntou se eu era de fora e eu confirmei, ele disse que percebeu pelo meu jeito de falar e nossa conversa curta se encerrou ali quando os amigos dele gritaram o nome dele para ele voltar a jogar logo. Quando cheguei em casa, vi que ele havia achado meu Instagram e pediu pra me seguir e assim fomos.
