Alana on
No caminho de volta pra casa o ambiente que antes era de provocação, agora está tenso e desconfortável.
- Obrigado por ter me ajudado. - Digo quebrando o silêncio irritante que havia se instalado.
- Não precisa agradecer, era o mínimo. - Dá de ombros.
- Não suporto nem imaginar o que teria acontecido se você não tivesse aparecido. - Suspiro.
- Precisa repensar sobre os caras que você fica, não vou estar sempre por perto.
- Ta querendo me dizer o que mesmo?
- Eu? Nada! Só que acho que deverias ter mais cuidado quando for ficar com qualquer um por aí.
- Só porque você me ajudou, não significa que deve se meter em minha vida.
- Estou apenas alertando, hoje foi quase, amanhã pode ser pior.
- Eu sei me cuidar!
- Não foi o que pareceu hoje. - debocha.
- Cara, você é insuportável. - bufo.
- Você não ajuda muito né, bonita! - pisca.
- O que eu acho e que a gente começou errado. - me dou por vencida.
- Você acha? - pergunta.
- Sim! Olha, foi muito legal da sua parte me ajudar naquela situação talvez eu até considere uma trégua.
- Nossa, ela quer dar uma pausa na guerra recém declarada. - Põe a mão no peito.
- O que você tem contra mim? Não te fiz nada!
- Não fez nada, mas gosto de te ver toda nervosa. - ri
- Ah, jura? - Reviro os olhos.
- Opa! Imaginei besteira agora. - Sorri malicioso.
- Dá uma tempo! No mesmo instante que implica comigo, também flerta.
- Eu tenho dessas. - Continua com o sorrisinho no rosto.
- Já reparou que tua boca tá um pouco fudida?
- É, isso que dá defender mulheres indefesas. - Brinca.
- Engraçado, vou guardar pra rir mês que vem. - Assim que termino minha fala, ele para o carro e noto que já estamos em frente a casa do meu irmão.
- Está entregue chica. (Garota).
- Quer entrar? Pra eu dar um jeito nesse machucado. - Sugiro já imaginando que ele iria rir da minha cara.
- É, pode ser. - Desço do carro e ele desce logo em seguida.
Vou em direção a porta e ele me acompanha, abro a porta sendo seguida por ele que se mantém em silêncio por todo o percurso até o sofá.- Fica a vontade, vou pegar o kit de emergência lá na cozinha e já volto. - Tiro meu salto, jogo minha bolsa no sofá e ando rápido rumo a cozinha.
Quando volto para a sala tenho visão de um Richard sem camisa e de olhos fechados. Minha nossa senhora da bicicletinha sem freio. Foco!- Tá calor né?. - Ele diz ainda de olhos fechados.
- É. - Me agacho em sua frente e molho o algodão com soro pra limpar o machucado no canto de sua boca, que por sinal é ainda mais perfeita de perto.
Balanço a cabeça numa tentativa falha de dispensar esses pensamentos.- Vai arder um pouco agora. - Digo levando o algodão em contato com sua pele.
- Já passei por coisas piores. - pisca.
- Qual a tara de ficar piscando pra mim?
- Gosto de ver tuas bochechas corarem. - Ri.
- Ah, claro! - Reviro os olhos.
- E qual a tara em revirar os olhos pra mim o tempo inteiro? - pergunta.
- É porquê gosto de treinar pra quando estiver transando, sabe. - Ao ouvir minha resposta ele soltou um riso e passou a língua sobre os lábios deixando-os úmidos. Minha atenção foi totalmente atraída para aquela região, um sorriso malicioso brincava em seu rosto, aquele sorriso perfeito.
Uma mecha de cabelo caiu sobre meu rosto e quando ia tirar, Richard foi mais rápido e logo prendeu a mecha atrás de minha orelha novamente.
Assim que sua mão entrou em contato com minha pele um arrepio percorreu por todo o meu corpo e seu sorriso se alargou ainda mais ao receber a resposta imediata do meu corpo após seu toque.
Enquanto eu cuidava do ferimento evitei ao máximo olhar em seus olhos, era a verdadeira perdição. Sua mão continuou parada logo atrás de minha orelha e por um descuido levantei meu rosto para encará-lo, e foi aí que perdi. Ele me encarava com aquele olhar profundo que parecia ser capaz de atravessar todo o meu ser. A mão do mesmo deslizou sobre meu pescoço e parou dando um leve aperto e minha reação foi dar um longo suspiro.
Ele me puxou mais pra si e quando nossos lábios estavam quase se tocando, ouvimos o barulho da porta batendo e nos afastamos bruscamente, na real não era nada, só o simples fato de eu ter deixado a droga da porta meio aberta e o vento fez questão de fecha-la.- É...acho que tá tudo certo agora, tá tudo limpinho. - falo catando as coisas do chão e me levantando rápido.
- Eu vou indo então. - Diz se levantando também e vestido sua camisa.
- Tchau. - Digo o levando até a porta.
- Até qualquer dia. - Fala e logo me surpreende com um beijo no canto da boca. Aceno com a cabeça quando vejo que ele já está em seu carro. Entro pra dentro de casa novamente com o cu na mão e coração na boca. Puta merda, foi um quase!
...👀🌪️
VOCÊ ESTÁ LENDO
El colombiano - Richard Ríos
Fanfic- Você não pode dizer que me ama em um dia e 24 horas depois fingir que não me conhece. Você não tem o direito de brincar com os meus sentimentos, eu entreguei meu coração pra você! - Eu nunca brinquei com você ou com os teus sentimentos, eu realmen...