El colombiano - Richard Ríos

Capítulo oito

Richard on

A primeira coisa que fiz assim que cheguei em minha casa foi mandar mensagem pra morena, tá sendo bem divertido encher o saco dela, sem contar que ver aquelas bochechas coradas me atiçam pra caralho.
Se o brinco dela realmente caiu no meu carro, será uma oportunidade maravilhosa que eu vou usar ao meu favor.
Sorrio com a ideia de ver o quão irritada ela vai ficar quando eu começar a jogar de verdade.
Subo pro meu quarto, tomo um banho e me jogo na cama, afinal amanhã é dia de treino pesado e eu nem deveria ter saído hoje, considerando que a ruína dos jogadores é a vida de farra.

***

Acordo com o sol batendo em minha cara, e deixo um lembrete mental sobre comprar uma cortina blackout para colocar na enorme janela do meu quarto.
Tomo banho, faço todas as minhas higienes pessoais e desço na cozinha pego uma maçã e vou em direção a garagem, entro em meu carro e logo tive visão do brinco da morena no tapete, isso com toda certeza melhorou 100% o meu dia.
No mesmo momento que estaciono no CT Raphael também estaciona, só pode estar me seguindo.

- Tava me esperando passar cara? Que isso! - ele ri.

- Longe de mim Ritcha. - Levanta as mãos em rendição.

- Ãn. - semi-cerro os olhos.

- Tá desconfiado porquê? - pergunta.

- Eu, desconfiado? Tá maluco! - nego.

- Tu não pegou minha irmã não né, seu filho da mãe.

- Por el amor de Dios Raphael, no digas tonterías.
(pelo amor de Deus Raphael, não fale besteira) - Lhe dou um tampa em sua nuca. Bom, eu não menti, né?

- Besteira né, tá bom. - me olhou desconfiado.

- Vamo pro treino, antes que o Abel dê bronca.

Alana on

Quando acordei o Raphael já não estava mas em casa, mas encontrei uma mesa de café da manhã maravilhosa que com certeza não foi ele que fez.
Tava me acabando no meio de tanta comida quando a Maria apareceu na cozinha me dando um puta susto.

- Caralho Maria, quase me matou agora. - coloquei a mão no meu coração que estava acelerado.

- Olha a boca menina, me respeita! - ri

- Desculpa meu amor, mas é que eu tava tão concentrada nesse café perfeito e você chegou do nada.

- Percebi, fiz especialmente pra você minha menina. - Vou até ela e lhe dou um abraço.

- É por isso que te amo Maria, não sei o que seria de mim sem você, porque se depender do meu irmão eu morro de fome.
Maria é a cozinheira daqui, trabalha nessa casa desde que o Raphael veio pra cá e é como uma tia pra mim e pro Rapha.

- Vocês dois se amam.

- Sim! Mas não ao ponto de ele preparar uma mesa incrível dessas pra mim. - Ela sorri.

- Vai terminar teu café menina, vou lá no mercado comprar algumas coisas pro almoço.

- Sabe se o meu irmão vem pro almoço? - pergunto.

- Vem sim, e ainda vai trazer os amigos passa fome dele. - Eu dou risada.

- Se eles vêem você falando isso, vão fazer um drama infinito ein.

- Sei como é. - ela sai rindo.

Passei o dia inteiro fofocando com a Maria na cozinha e até ajudei ela no que dava, ela sempre bom conversar com pessoas mais velhas elas tem umas histórias surreais e cheias de humor.

- E os namorados minha menina, tem muitos?

- Que nada, tô tão sozinha ultimamente, dá até uma tristeza. - fingo que estou enxugando uma lágrima.

- Tá sozinha por opção né Alana, porque pretendentes é o que não deve faltar pra você. - Ela fala e eu dou de ombros.

- Mas isso é porque não apareceu ninguém interessante na minha até hoje, Má.

- O insuportável do Guilherme era interessante então?

- A não, aquele dali foi só uma loucura que me deu, eu não estava em minhas perfeitas condições metais.- Assim que termino de falar ouço o barulho da porta abrindo e logo meu irmão aparece na cozinha.

- Melhor parar o assunto porque o ciumento da casa chegou. - Maria fala e meu irmão arqueia as sobrancelhas.

- Estão falando de mim?

- Não, jamais! - eu rio.

- Ata, sei. - diz e volta pra sala enquanto eu e a Maria rimos.

- Avisa que o almoço já tá pronto Alana. - ela me dá um tapinha na bunda.

- Pode deixar, chefe! - Saio rindo em direção a sala.