Capítulo Dez

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Alana on

saio e vejo ele no carro, vou até a janela.

— Cadê meu brinco lindo? - pergunto.

— Tá aqui fia, pera aí. - faz cara de sonso.

— Me dá então, ué. - Digo sem impaciente.

— Entra aí que eu te dou. - Arqueio a sombrancelha.

— Nem fudendo. - nego.

— Então não vai achar brinco nenhum.

— Para de graça Ríos, foi presente da minha avó, é importante pra mim. - digo e ele parece não dar a mínima.

— É só você entrar no carro, que o brinco é todo seu. - Bufo e entro no carro com a cara fechada.

— Pronto, agora devolve.- Estendo a mão e ele nega sorrindo.

— Não sei se devo. - arqueio a sobrancelha.

— Tô com cara de palhaça é?

— Qualquer semelhança é mera coincidência. - ele diz rindo.

— Tomar no cu então. - Digo impaciente e quando faço menção de sair do carro ele me puxa me fazendo cair com tudo de volta no banco do carro.

— Tá indo onde com essa pressa toda?

— Para de graça cara, me dá a porra do brinco que eu preciso entrar. - ele nega.

— Não sei pra quê tanta pressa morena. - ele passa a língua sobre os lábios e para a minha desgraça meu olhar desceu para aquele local.

— O que você quer comigo cara? - ele não me responde de imediato, em resposta a minha pergunta ele coloca a mão em minha coxa e aperta.

Quero você. - ele sussurra em meu ouvido, e me arrepio ao sentir seu hálito quente em meu pescoço.

— Você tá maluco, acabou de falar lá dentro que não tem interesse nenhum por mim. - ele ri.

— Você quer que eu fale pro Raphael que quando eu vejo a irmã dele, imagino ela gemendo meu nome?. - Eita porra, deu até vontade de chorar.

— Tá com a imaginação muito fértil, Colombiano. - Digo tentando controlar minha respiração porém isso se torna impossível quando ele tira sua a mão que estava pousada em minha coxa e leva até meu pescoço. Porra, meu ponto fraco. Fecho os olhos e sinto sua outra mão em minha cintura me levando para mais perto dele e em questão de segundos já sentia sua respiração batendo no meu rosto.
  Volto a encará-lo e ele me olhava como se estivesse me pedindo permissão. Que se foda!
  Em um gesto rápido selei nossos lábios em um beijo rápido e só aí me dei conta de quando eu queria aquilo, sua língua pediu passagem e foram segundos para estarmos em sincronia, a mão que estava em minha cintura desceu até minha bunda e deixou um leve aperto ali e eu arfei, logo a falta de ar se fez presente fazendo com que nossas bocas se separassem.
  "Inocentemente" meu olhar desceu um pouco além e pude notar o volume em sua calça, sorri enquanto ele passava a mão sobre o rosto respirando fundo e aproveitei o momento pra sair daquele carro e correr até a porta de casa enquanto ele me olhava sem entender. Eu também sei brincar.
  Entrei em casa e só aí pude respirar fundo pra tentar raciocinar tudo que acabou de acontecer.

— Puta merda, esqueci o brinco de qualquer jeito.- bati a mão na testa.

— Conversando sozinha Lana? - Meu irmão apareceu com Piquerez.

— Sozinha não, estava conversando com meus botões.

— Já sabia que era maluca, só não imaginava que seria a esse ponto. - nega e o outro ri.

— Não enche Raphael. - Digo e vou até a cozinha beber água, foi uma parada muito intensa. Sorrio sozinha imaginando a cara do colombiano quando me viu sair correndo.

— Piquerez já foi, tô indo lá na Bruna. - meu irmão brota do além.

— Porra, que susto Raphael. - coloco a mão no peito.

— Tá estranha pra cacete ein Alana. - me olha desconfiado.

— Cala a boca, não ia pra casa da Bruna? Tá fazendo o que me enchendo ainda? - Reviro os olhos.

— A casa é minha, se liga. - diz saindo e me deixando sozinha. Foda, voltei de viagem pra passar a maior parte dos meus dias sozinha, é pra acabar mesmo.
  Subo pro meu quarto e me jogo na cama, dia super produtivo o jeito é tirar um cochilo.


...

El colombiano - Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora