Capítulo 10 - Verdades ocultas. (cont.)

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Ao voltar para o hotel onde estava hospedado, Wagner parou o carro em frente ao mesmo. – Lembra da casa que eu te falei? Então, eu consegui achar uma mobiliada, mas não imaginava que o valor seria tão alto.

– É uma casa mobiliada no Rio né, pai.– Bem respondeu bem humorado antes de arquear as sobrancelhas. – Ué, mas a gente vai ficar aqui no hotel?

– Não, eu só passei pra buscar a Lia.

– Olha só ele.– Bem alfinetou o pai de forma divertida, arrancando um sorriso leve do mesmo.

– Fica aí, eu não demoro.– Wagner então saiu do veículo, atravessando a rua para entrar no hotel novamente. Ao fazer o reconhecimento na recepção, Wagner subiu até o andar em que estava hospedado, batendo de leve na porta. – Lia? Você tá aí?

Logo a porta se abriu, revelando a figura de Lia com uma expressão de preocupação. – Ainda bem que você chegou, eu já tava morrendo de preocupação.– Lia segurou o braço de Wagner, o puxando para dentro e fechando a porta novamente. – Mas então? O que aconteceu? Seu filho tá bem?

– Ele tá bem sim, amor, calma.– Wagner respondeu em um tom leve, querendo lhe passar tranquilidade. Suas mãos foram para os ombros finos de Lia, segurando de forma reconfortante. – O Bem tá lá em baixo no carro, é uma longa história que eu vou te explicar depois, ok?– Wagner lhe roubou um selinho rápido. – Eu fiquei tão atordoado com o telefonema que esqueci de contar que eu consegui encontrar uma casa mobiliada aqui no Rio, e no melhor bairro.

– Tipo naqueles condomínios de gente rica?

– Isso.– Wagner respondeu bem humorado, deixando um beijo em sua testa. – Então, vamos? Eu vou logo entregar a chave do quarto ou eu não saio daqui nunca.

Lia concordou com um balançar de cabeça positivo, se virando apenas para pegar a bolsa pequena que estava em cima da cama. – Você já pegou tudo?– Lia perguntou, observando Wagner fechar a mala que estava no canto.

– Já sim, eu não trouxe muita coisa, apenas o necessário.– O mesmo respondeu segurando a mala pela alça e acompanhando Lia até a saída. Após fecharem a porta e passarem na recepção para devolver a chave, Lia acompanhou Wagner até a saída e um frio começou a se formar em seu estômago. Será que o filho de Wagner a aceitaria de verdade? O que ele pensava sobre ela? Qual seria sua primeira impressão?

Lia parou no meio do caminho, engolindo seco antes de chegarem até o carro. – Lia?– Wagner a chamou, confuso. – Tá tudo bem? Você tá bem?

– Tô, é que...– Lia suspirou, batendo a língua no céu da boca em seguida. – Eu tô com medo, e se ele não gostar de mim?
Wagner soltou um breve suspiro, se aproximando o suficiente para alcançar uma de suas mãos e segurar com toda delicadeza do mundo. – Ei, tá tudo bem. Eu tenho certeza que o Bem vai adorar você, até porque não tem como não gostar de alguém tão adorável e gentil.

Lia sorriu de forma tímida mas balançando a cabeça em concordância. – Quer ajuda pra colocar a mala no carro?

– Quero, amor.– Wagner respondeu prontamente, lhe entregando a mala enquanto abria o porta-malas de seu carro. Ao pegar a bagagem novamente, Wagner colocou a mesma dentro do porta-malas o fechando logo em seguida. – Pronta?

– Acho que sim.– Lia respondeu após um suspiro profundo, caminhando até a porta de trás do carro. Ao entrar, a mesma engoliu seco novamente.

Ao entrar no carro, Wagner percebeu o silêncio que preenchia o ambiente. O mesmo observou o filho calado e cabisbaixo ao seu lado no banco do passageiro. – Bem, essa é a Lia.– Começou em um tom suave, querendo passar tranquilidade para os dois. – Lia, esse é o Bem, o meu bebê.

"𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐍𝐀 𝐒𝐔𝐀 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀." - 𝑊𝑎𝑔𝑛𝑒𝑟 𝑀𝑜𝑢𝑟𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora