Capítulo 18 - Final (part.1)

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Minha alma
se apaixonou
lindamente
por tua paz.

- Diego Vinicius.

- Rio de Janeiro.

Wagner Moura.

As pessoas costumam descrever o amor como um sentimento complicado, cheio de controversas que as deixam infelizes e sofrendo. A verdade é que o amor não tem nenhuma responsabilidade pelo caráter das pessoas, obviamente isso não as impedem de amar e nem de machucar terceiros.

Amar é um sentimento muito além do físico, quando você encontra a pessoa certa e a ama com a alma, algumas teorias deixam de ser apenas sonhos e se tornam realidade. Os amores das telas de cinemas são mais reais do que as pessoas imaginam ou sonham, independente de como isso termina.

Algumas pessoas acreditam que amar é deixar ir, outras já acreditam que amar é ficar e persistir. Mas afinal, qual dessas opções é a correta a se fazer? Em qual momento? Por que?

O que elas realmente não sabem é que o amor não está presente somente em relações bem constituídas, existem diversas formas de amar e entre uma delas está a distância. As vezes amar a pessoa de longe vale mais do que a presença dela em sua vida, é uma realidade dura mas concreta. Algumas pessoas infelizmente não têm a mesma sorte de se completarem como casal, tendo-os sempre distantes e ao mesmo tempo tão perto.

O tempo pode nos dar respostas que nem a vida é capaz de dar, mesmo com todas as lições e aprendizagem que ela nos proporciona.

07:45h da manhã.

A forma como Lia dormia ao meu lado tranquilamente me trazia uma paz inexplicável, poder proporcionar tal conforto para ela era mais do que gratificante. Os primeiros meses de vida do Bernardo foram intensos e maravilhosos, mas apesar dos momentos felizes também veio o esgotamento e cansaço.

Ficamos revisando as noites até os sete meses, foi quando então ele começou a se adaptar a sua própria rotina. No começo foi extremamente difícil para ela, era totalmente compreensível pois é a sua primeira vez sendo mãe, não qualquer mãe, a mãe do meu filho.

- Bom dia, Waguinho.- Lia sussurrou com a voz sonolenta de repente, ainda deitada de costas.

- Bom dia, meu amor.- Meus lábios foram de encontro com seu ombro exposto, deixando pequenos beijos carinhosos. - Dormiu bem?

- Maravilhosamente bem, e você?- Lia me respondeu de forma preguiçosa, se virando em minha direção. - Acordou cedo demais hoje.

- Já são quase oito horas da manhã.- Uma de minhas mãos alcançou seus fios de cabelos, colocando-os para o lado carinhosamente. - Eu também não queria te acordar.

- Pois deveria, se não eu fico mal acostumada.- Seus olhos se abriram lentamente, expondo aqueles olhos castanhos que me tiravam o fôlego. - O Bernardo já acordou?

- Ainda não, eu dei uma passada no quarto dele e ele tá dormindo como um anjinho no berço.

- Ótimo, então vou aproveitar pra fazer o café pra gente.

- Ei, calma aí...fica mais um pouquinho, ainda tá cedo.- Meus braços envolveram sua cintura com delicadeza, aproveitando para afundar meu rosto na curvatura de seu pescoço. - Eu tô com saudades.

- Eu também tô com saudades...mas o tempo anda tão corrido, hoje eu ainda tenho que acertar as coisas com a decoradora do casamento.- As mãos de Lia acariciaram meus braços lentamente, causando um leve arrepio pelo local.

"𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐍𝐀 𝐒𝐔𝐀 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀." - 𝑊𝑎𝑔𝑛𝑒𝑟 𝑀𝑜𝑢𝑟𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora