Capítulo 11 - É teu e de mais ninguém.

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- Rio de Janeiro, 16:09h da tarde.


Wagner olhava as prateleiras do supermercado com atenção para não esquecer nada da lista que tinha "anotado" mentalmente antes de sair de casa. - Bem, você sabe qual shampoo as mulheres costumam usar?- Perguntou ao filho que estava ao seu lado, encostado no carrinho de compras.

- Ah, não sei, pai. Você tá usando shampoo de mulher agora?- Bem questionou em um tom zombeteiro.

- Não é pra mim, mas e se estivesse?- Wagner alfinetou de volta, tocando em algumas marcas de shampoo que haviam ali na prateleira do mercado.

- Nada ué, o cabelo é seu.- Bem respondeu, dando de ombros. - Mas por que você quer um shampoo pra mulher?

- Porque agora a Lia vai nos visitar com frequência, eu quero que ela se sinta em casa.- Wagner explicou sem rodeios, ainda tentando escolher um produto.

- Faz sentido, mas vocês já começaram a namorar oficialmente?

- Não, eu ainda não fiz o pedido oficial. É algo que eu quero fazer com calma também, quero que seja especial e único.

Um sorriso pequeno apareceu nos lábios de Bem, avaliando a figura pensativa do pai em frente aos produtos. - Você tá mesmo apaixonado né, pai.

- Apaixonado é pouco, eu diria.- Wagner suspirou, ajeitando sua postura. - A Lia me faz sentir coisas que eu achei que nunca mais iria sentir com alguém de novo, aquela sensação de paz e conforto só de olhar pra ela.

- Você tá falando igual um adolescente apaixonado.

- Talvez.- Wagner sorriu de leve, pegando algumas marcas que pareciam adequadas para os cabelos de Lia. Ao colocar os produtos no carrinho, ambos seguiram pelos corredores do supermercado. - Tava pensando em comprar flores pra ela.

- É uma ótima ideia, pai.

- Tô meio nervoso, não vou mentir. Já faz um tempo que eu não faço isso por alguém, tenho medo de dar errado de novo.

- Mas você só vai saber se tentar.

Wagner parou os passos, olhando para o filho em um misto de surpresa e orgulho. - É impressão minha ou alguém aqui está criando juízo?

- Eu faço 18 anos daqui a uma semana, pai. Não posso ficar agindo como um adolescente pra sempre.- Bem respondeu de forma simples, ainda apoiado no carrinho.

- Você não precisa ter pressa pra crescer, filho. Temos nosso próprio tempo.

Bem balançou a cabeça em concordância, voltando a caminhar ao lado do pai pelo supermercado.
Quando terminaram de fazer as compras necessárias e saíram do mercado, ambos foram direto para casa.

- Você vai sair pra comprar as flores pra Lia?- Bem perguntou distraído, enquanto arrumava as compras no armário.

- Vou daqui a pouco, ainda preciso passar na casa da sua mãe.

- Da mamãe? Por que?

Wagner suspirou, parando por um momento de guardar os alimentos no armário a sua frente. - Ela quer conversar sobre o que aconteceu naquele dia.

"𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐍𝐀 𝐒𝐔𝐀 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀." - 𝑊𝑎𝑔𝑛𝑒𝑟 𝑀𝑜𝑢𝑟𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora