Capítulo 16 - Mudanças

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Aviso: Este capítulo contém conteúdo explícito e linguagem imprópria.

Rio de Janeiro, 04:02h da manhã.

- Lia Martins.

Desde que as suspeitas de gravidez começaram, juntamente ao sono excessivo e a constante vontade de ir ao banheiro urinar, parece que tudo também virou motivo de estresse. Eu tinha um sono pesado e ter que acordar em horários diferentes para urinar era dificultoso, as vezes eu só queria tentar voltar a dormir mas o medo de acabar urinando na cama era maior.

Essa madrugada não seria diferente, meus olhos ainda tentavam se acostumar com a claridade da luz do banheiro quando entrei para urinar. Eu já deveria ter feito o teste a três dias, mas o tempo estava sendo corrido demais naquela semana. Já era quase certeza, mas ainda assim eu precisava da confirmação para ter um choque de realidade e aceitar que realmente estava acontecendo.

Não fazia ideia de como era criar uma criança ou muito menos trocar fraldas, fora a questão do parto e da dor que toda mulher sente, só de pensar já me dava calafrios de ansiedade e medo.

Ao terminar de urinar, me lavei corretamente para então voltar ao quarto e vestir uma calcinha limpa. Aquilo já estava virando uma rotina nada boa, já que eu tinha que acordar cedo para ir ao trabalho. Ao contrario do meu receio pela possível gravidez, Wagner parecia tão tranquilo e feliz ao mesmo tempo e isso me deixava um pouco tranquila de alguma forma. O Bem era um verdadeiro resultado da ótima criação de Wagner, os dois eram como melhores amigos até mesmo quando acontecia algo que fizesse os mesmos se afastarem.

- Xixi de novo?- A voz rouca e sonolenta de Wagner me tirou dos meus pensamentos.

- É, como sempre.- Um riso fraco escapou de meus lábios, enquanto abria o gaveta do guarda roupa em busca de uma calcinha qualquer. - Eu te acordei?

- Um pouquinho, meu braço tava por cima de você na hora que você levantou.

- Desculpa, amor.- Ao achar uma calcinha confortável que não me apertasse tanto, voltei a fechar as portas dos guarda roupa.

- Tá tudo bem, amor, isso é normal.- Wagner me respondeu com naturalidade, se virando suavemente em minha direção. Já era um hábito normal dele dormir sem camisa, mas naqueles últimos dias estava me causando uma sensação diferente, eu não sabia como descrever.

Desistindo de vestir a nova calcinha, coloquei a mesma de volta na gaveta e caminhei até a cama para me deitar novamente. Nós já tínhamos intimidade o suficiente e iria facilitar muito mais na próxima vontade de ir ao banheiro. - Acho que eu dormi um pouco cedo demais.

- Um pouco demais mesmo.- Wagner voltou a me abraçar por baixo do edredom, passando a mão lentamente pela minha cintura. - Mas deve ser normal também, é a sua primeira gravidez.

- É...eu fiquei tão apavorada com a ideia, mas depois eu fiquei mais tranquila.- Um leve suspiro saiu das minhas narinas. - Eu sei que você vai estar sempre ao meu lado.

- Do seu e do nosso bebê.- Compartilhamos um sorriso carinhoso, aproveitando aquele momento de tranquilidade.

- Você tá com sono?

- Não muito, eu diria que apenas um pouco sonolento. Por que?

- Nada...eu tava pensando da gente assistir um filme.- Uma das minhas mãos subiram por seu peitoral, alisando a pele entre os dedos. - Ou só aproveitar a companhia um do outro.

- Eu posso dispensar a ideia do filme?- A pergunta pairou no ar, sobrando apenas nossas respirações afoitas quando nossos lábios se encontraram em um beijo avassalador. Minhas mãos subiram até suas costas, acariciando a pele entre os dedos e trazendo seu corpo cada vez mais para perto.

"𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐍𝐀 𝐒𝐔𝐀 𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀." - 𝑊𝑎𝑔𝑛𝑒𝑟 𝑀𝑜𝑢𝑟𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora