10. Renda vermelha

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O caminho até a casa de Jennie foi uma tortura. Durante todo o trajeto uma de suas mãos acariciava minha coxa, e em determinado momento quase pedi para que ela parasse no acostamento e resolvesse todos os meus problemas logo.

Ela era uma excelente motorista. Mesmo que eu não saiba dirigir não acho que seja possível controlar um carro estando com as pernas tremendo, com o corpo formigando e com os olhos grudados em Jennie Kim. Se eu não podia tocar, beijar ou lamber, eu iria pelo menos olhar.

Quando chegamos na casa dela, Jennie passou os braços por mim no mesmo instante em que fechei a porta. Eu já estava com saudade dela. Seu perfume trazia calma e agitação dentro de mim. Passei a mão por debaixo de suas pernas e a puxei para meu colo. Jennie cruzou as pernas em minha cintura enquanto eu a levava para o quarto.

Entrando no quarto, a joguei na cama e me deitei por cima dela. Senti suas mãos explorando meu corpo por cima das roupas. Diferente dela, eu estava de calça e casaco. Eu já estava em vantagem, conseguia sentir o máximo possível de sua pele.

Ainda não era o suficiente, por isso tirei sua blusa, deixando seu sutiã de renda a mostra. Ela deu um sorriso malicioso quando segurou meu cabelo e colocou meu rosto em seu colo. Depositei beijos e mordidas suaves que a faziam suspirar.

– Pensei que só conseguisse fazer isso bêbada. –  Ela brincou enquanto minhas mãos desciam para as coxas dela.

– Eu não preciso de álcool, preciso de você. – Respondi.

Ela girou meu corpo, ficando por cima de mim e prendendo meu quadril com suas coxas. Jennie ficava extremamente sedutora quando assumia o poder.

– Eu passei a aula toda pensando em você, sabia? – Ela abriu o zíper do meu casaco lentamente enquanto falava. – Depois, durante o treino, fiz questão de dançar para você. – E lá se foi meu casaco. Agora seu foco estava em passar a mão na minha barriga. – Você nem percebeu que eu melhorei minha abertura... – Jennie fez biquinho e tirou minha blusa.

– É que toda vez que você abria a perna meu cérebro parava de funcionar. – Respondi. Ela curvou seu corpo e beijou meu pescoço. Levou sua boca até minha orelha e lambeu suavemente, me fazendo ficar toda arrepiada.

-E qual parte do seu corpo funcionava? – Ela sussurrou.

E de repente meu telefone começou a tocar.

– Ignora. – Ela falou, mas não consegui. Poderia ser urgente.

– Não consigo, desculpa.

Jennie bufou e com muita má vontade saiu de cima de mim. Levantei e procurei meu telefone que tinha caído do meu bolso em algum momento. Era minha mãe.

– Oi, mãe. – Falei tentando manter a voz neutra, como se eu não estivesse ocupada com uma mulher gostosa. – Pode falar.

Jennie não ia deixar de me provocar. Enquanto eu tentava entender o que minha mãe falava, Jennie se levantou da cama, virou de costas e tirou a saia lentamente, se empinando o máximo para mim. Depois se virou mostrando por completo sua lingerie de renda. O tom contrastava com a sua pele e acendia tudo dentro de mim. Ela brincava com a barra da calcinha enquanto me olhava.

– Desculpa, mãe, a ligação está ruim, pode repetir?

Então Jennie levou suas mãos para trás, tirou o sutiã e jogou para o lado. Ela estava fazendo um strip-tease para mim e mantinha um sorriso tão safado no rosto que eu estava prestes a enlouquecer. Ela passava as mãos em seu corpo, nas suas coxas, na sua cintura, em seus seios...

Foi quando consegui ouvir minha mãe dizer.

– O Hyunjin está aqui em casa te esperando, filha. – Ela disse do outro lado da linha.

– Hyunjin? – Repeti confusa.

O sorriso de Jennie se desmanchou. Com uma feição muito séria em seu rosto, ela parou de fazer tudo e prestou atenção no que eu estava falando com a minha mãe.

– Ok, mas por que ele está aí? – Minha mãe disse que era uma surpresa e perguntou se eu estava ocupada e que era para eu ir logo. –  Não, não estou fazendo nada. – Menti. – Estou indo para casa.

Jennie vestiu sua roupa antes que eu terminasse e desligasse.

– Jen...

– Eu falei para você não atender. – Falou furiosa pegando a minha roupa e jogando em mim. – Eu não acredito nisso, Lisa. – Jennie saiu do quarto, fui atrás dela enquanto ela descia as escadas.

– Poderia ser importante. – Tentei me justificar.

– E é! Seu namoradinho está na sua casa. – Ela virou para me encarar. Fiquei chocada com suas palavras. – Ah, Lisa, todo mundo lembra de vocês agarrados por todos os cantos do colégio.

– Não era bem assim. – Vesti minha blusa. – E a gente não está mais junto, as coisas mudaram. – Tentei argumentar, mas eu não sabia o motivo dele estar na minha casa, ficava difícil me defender. Ela revirou os olhos e voltou a andar em direção a saída. – Eu estou com você!

Ela abriu a porta de casa para eu sair.

– Não, você não está. Você não está fazendo nada, esqueceu? – Ela repetiu minhas palavras. – Já está indo.

– Eu...

– Vai embora, Lalisa. – Jennie gritou e eu saí de sua casa.

Ela bateu a porta atrás de mim.

Eu não teria um dia de paz?

The heaven between us | JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora