Capítulo 14

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Ariany POV

Chegando em casa, tentei não fazer barulho, mas Isa me assustou, tirando-me dos meus pensamentos. Ela estava encostada na porta da cozinha, os braços cruzados e um olhar curioso no rosto.

— E aí, Ari? Chegando tarde, hein? — disse ela, com um sorriso travesso.

Isa era intrometida demais, e eu tentava o tempo todo desvencilhar das perguntas, mas ela queria que eu confiasse nela.

— Sim, foi uma noite longa — respondi, tentando manter a voz calma.

Ela revirou os olhos, ainda sorrindo. — Ariany, eu não sou boba. Esse cabelo bagunçado, essa boca vermelha... — disse ela, dando uma risadinha.

Suspirei, sabendo que não tinha como escapar. — Dá pra parar com isso? — ri, tentando parecer despreocupada.

Isa continuou me olhando com aquele sorriso travesso. — Ah, vai, me conta. Quem é a sortuda?

Eu não queria contar tudo para Isa, minha irmã mais nova, mas conhecendo-a, sabia que ela não desistiria facilmente.

Eu não queria contar tudo para Isa, minha irmã mais nova, mas conhecendo-a, sabia que ela não desistiria facilmente. — É só alguém.

Isa levantou uma sobrancelha, claramente intrigada. — Só alguém? Sério, Ariany? Quem é essa pessoa que está te deixando assim?

Comecei a caminhar em direção ao meu quarto, tentando escapar das perguntas incessantes, mas Isa continuava me seguindo, determinada a obter respostas. — Isa, eu realmente estou cansada. Podemos falar sobre isso amanhã?

Ela riu, ainda me seguindo. — Não, irmãzinha. Eu quero saber agora. Vamos lá, quem é ela? Onde você a conheceu? Como foi o encontro?

Suspirei novamente, entrando no banheiro e começando a lavar o rosto. — Isa, por favor, dá um tempo.

Isa encostou-se ao batente da porta do banheiro, cruzando os braços com um sorriso no rosto. — Ok, mas só se você me prometer que vai me contar pelo menos uma parte.

Olhei para ela através do espelho, percebendo que não tinha como escapar. — Conheci ela no hospital.

Isa arqueou as sobrancelhas, claramente ainda mais intrigada. — No hospital? Ela é enfermeira? Médica?

Suspirei, sabendo que não teria paz até responder todas as suas perguntas. — Não, ela é filha de um dos pacientes que operei.

Isa piscou, surpresa. — Uau, isso é inesperado. E como vocês começaram a... sei lá, se conhecer melhor?

Enquanto tirava a maquiagem e lavava o rosto, comecei a explicar. — Bem, nos encontramos algumas vezes enquanto eu cuidava do pai dela. Começamos a conversar e... as coisas simplesmente fluíram. Ela é incrível, Isa. Realmente me faz sentir viva novamente.

Isa sorriu, claramente contente com a novidade. — Isso é ótimo, Ari. Você merece alguém que te faça sentir assim. E pelo jeito como você está falando, ela parece ser especial mesmo.

Terminei de lavar o rosto e me virei para encarar minha irmã, enxugando as mãos na toalha. — Ela é. Mas vamos devagar. Ainda estamos nos conhecendo.

Isa assentiu, finalmente parecendo satisfeita. — Claro, entendo. Mas estou feliz por você, Ari. E mal posso esperar para saber mais sobre ela.

— Obrigada, Isa — respondi, sentindo-me mais leve por ter compartilhado isso com minha irmã. — Agora, podemos dormir? Eu realmente preciso descansar.

Ela riu, levantando as mãos em sinal de rendição. — Tá bom, tá bom. Boa noite, Ari.

— Boa noite, Isa — respondi, enquanto ela saía do banheiro.

Amor sem medidas (LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora