Capítulo 13

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Quando chegamos em casa, ajudamos meu pai a se acomodar no sofá da sala, onde ele poderia descansar confortavelmente.

— Vou buscar algumas coisas na cozinha para ele — disse minha mãe, dirigindo-se para pegar água e medicamentos.

Fiquei ao lado do meu pai, segurando sua mão. — Como você está se sentindo, papai?

Ele sorriu, embora ainda parecesse cansado. — Melhor agora, querida. Só preciso de um pouco de descanso

Ariany se aproximou da cama onde meu pai estava deitado, descansando após o susto na emergência. Ela inclinou-se para dar um toque gentil em seu braço e um sorriso reconfortante.

— Descanse bem, Sr. Alberto. Estarei de volta amanhã para ver como o senhor está — disse ela, sua voz suave e cheia de ternura.

Meu pai sorriu fracamente e assentiu. — Obrigado, Ariany. Você foi um anjo para nós.

Deixamos o quarto e fomos até a cozinha, onde minha mãe estava preparando uma xícara de chá. Ariany queria se despedir dela antes de ir embora.

— Ariany, muito obrigada por toda a sua ajuda esta noite — disse minha mãe, quando nos aproximamos.

— Foi um prazer ajudar, Linda. Estou feliz por saber que o Sr. Alberto está se sentindo melhor — respondeu Ariany com um sorriso caloroso.

Minha mãe deu um passo à frente e abraçou Ariany. — Você trouxe muita calma e segurança para nossa família. Nós somos eternamente gratos.

Ariany retribuiu o abraço com carinho. — Fico feliz em poder ajudar. Qualquer coisa que precisarem, não hesitem em me chamar.

Ela então se virou para mim, e nossos olhares se encontraram. — Mãe, vou levar Ariany em casa — disse.

Ariany começou a protestar imediatamente. — Não precisa, Helena. Eu posso pegar um táxi ou chamar um carro. Não quero incomodar vocês.

Minha mãe interveio antes que eu pudesse responder. — Ariany, você foi uma grande ajuda para nós esta noite. É melhor que Helena te acompanhe. Assim, teremos certeza de que você chegará bem em casa.

Ariany olhou para minha mãe, depois para mim, e finalmente assentiu, um sorriso agradecido nos lábios. — Tudo bem, então eu aceito. Obrigada.

Minha mãe sorriu. — Vocês duas se cuidem.

Saímos juntas da casa, a noite estava tranquila e fresca. Entramos no carro, e o silêncio confortável entre nós foi preenchido com uma leve tensão de gratidão e carinho.

Enquanto dirigia, Ariany olhou para mim e sorriu. — Sua mãe é incrível.

Sorri de volta, sentindo o calor das palavras dela. — Ela gosta muito de você, Ari. E eu também.

Ela segurou minha mão por um momento, apertando-a suavemente.

— Te convidaria para entrar, mas acho que todos estão dormindo.

Isso despertou uma curiosidade em mim. — Então, com quem tenho que te dividir?

Ela hesitou por um momento, seu olhar se suavizando. — É meio complicado, não queria te assustar... Eu tenho um filho de 8 anos.

Fiquei sem palavras por um instante, absorvendo a novidade. — Você tem um filho? — perguntei, minha voz cheia de surpresa.

Ariany olhou para mim, com um misto de nervosismo e expectativa no rosto. — Sim, Gabriel. Ele é a minha vida. Desculpe por não ter mencionado isso antes. Eu só... não queria te sobrecarregar.

Respirei fundo, processando a informação. — Não precisa se desculpar, Ari. Só... eu não sabia. Isso é maravilhoso.

Ela pareceu aliviada, um sorriso tímido se formando em seus lábios. — Você acha mesmo?

Assenti, tentando mostrar que estava aberta a essa nova dinâmica. — Sim, claro. Eu só... preciso de um tempo para assimilar. Mas quero saber mais sobre ele, sobre vocês.

Ariany sorriu, e seus olhos brilharam com emoção. — Obrigada por entender, Helena. Gabriel é um garoto incrível. Ele é curioso, inteligente e tem um coração enorme.

Eu sorri de volta, sentindo uma conexão ainda mais profunda com ela. — Eu adoraria conhecê-lo.

Ariany sorriu, seus olhos brilhando com um calor que fez meu coração bater mais rápido. — Enquanto isso, você pode conhecer mais a mãe dele.

Ela se inclinou e começou a beijar meu queixo, descendo lentamente pelo meu pescoço. Cada toque de seus lábios enviava ondas de calor pelo meu corpo. Antes que percebêssemos, o clima dentro do carro estava ficando mais intenso, e eu podia sentir o desejo crescer entre nós.

Ariany apertava minha coxa, sua mão subindo lentamente enquanto nossos beijos se tornavam mais urgentes. Minhas mãos encontraram o caminho para seu cabelo, puxando-a para mais perto, querendo sentir cada parte dela.

— Ari... — murmurei entre os beijos, minha voz tremendo de desejo.

— Shh... — ela sussurrou contra minha pele, seus lábios viajando até meu ombro. — Só sinta.

Cada carícia, cada beijo era carregado de paixão. Minhas mãos exploravam suas costas, deslizando sob sua blusa enquanto sentia sua pele quente sob meus dedos. O calor e a proximidade dela eram intoxicantes, e meu corpo respondia a cada toque com uma urgência que eu nunca tinha sentido antes.

— Eu adoraria passar a noite com você — respondi, ainda a beijando.

Ariany suspirou contra meus lábios, sua mão apertando minha coxa com mais firmeza. — Eu também, Helena. Mas hoje não posso. Amanhã tenho que estar no hospital bem cedo.

Senti um misto de frustração e compreensão. — Eu entendo — murmurei, olhando nos olhos dela.

Ela continuou a beijar meu pescoço, seus lábios enviando ondas de calor por todo o meu corpo. Cada toque dela parecia incendiar minha pele, e eu me perdi na intensidade do momento.

Nossos beijos se tornaram mais urgentes, mais famintos, e cada carícia aumentava a intensidade do desejo entre nós.

Finalmente, com um último beijo profundo, nos afastamos ligeiramente, ofegantes.

— Eu realmente preciso ir — disse Ariany, seus olhos brilhando com um misto de desejo e arrependimento.

— Eu sei — respondi, tentando recuperar o fôlego. — Mal posso esperar para estar com você de novo.

— Boa noite ..  — disse Ariany, dando-me um beijo suave nos lábios.

— Boa noite, Ari — respondi, sentindo uma mistura de desejo e contentamento. — Até amanhã.

Enquanto dirigia de volta para casa, toda aquela energia me deixava leve. Cada lembrança dos beijos, dos toques e das palavras sussurradas ecoava em minha mente, trazendo um sorriso ao meu rosto. Era como se eu estivesse flutuando, envolvida em um calor que não se dissipava, mas sim me envolvia cada vez mais.

Cheguei em casa, ainda sentindo a energia da noite. Enquanto me preparava para dormir, a lembrança dos beijos de Ariany e do calor de seu corpo me envolveu como um cobertor aconchegante. Sabia que a próxima vez que nos encontrássemos, a chama entre nós seria ainda mais intensa.

Deitei-me na cama, fechando os olhos e deixando um sorriso se formar em meus lábios.

Amor sem medidas (LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora