Capítulo 22

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Corri para Helena, que estava deitada no chão, gemendo de dor. O sangue escorria pelo seu ombro, mas ela ainda estava consciente.

— Ari, estou... estou bem — ela tentou falar, mas sua voz estava fraca.

— Fique comigo, Helena. A ajuda está a caminho — disse, tentando manter a calma enquanto pressionava a ferida para estancar o sangramento.

Ouvi as sirenes ao longe, mas parecia uma eternidade até que os policiais e os paramédicos chegassem. Quando finalmente entraram, rapidamente controlaram a situação e começaram a prestar socorro a Helena.

— Ela foi atingida no ombro. Está perdendo muito sangue — informei aos paramédicos, tentando controlar minhas lágrimas.

— Vamos cuidar dela. Fique calma — disse um dos paramédicos enquanto começava a trabalhar.

Os policiais prenderam o homem, agora consciente e algemado, enquanto os paramédicos estabilizavam Helena e a colocavam na maca. Segui de perto enquanto a levavam para a ambulância, recusando-me a deixá-la sozinha.

— Vou com ela — disse firmemente, e os paramédicos permitiram que eu entrasse na ambulância.

Segurei a mão de Helena durante todo o trajeto até o hospital, tentando confortá-la. Ela estava pálida, mas seus olhos encontraram os meus, cheios de uma determinação silenciosa.

— Você vai ficar bem, Helena. Estou aqui com você — sussurrei, tentando me manter calma.

Ao chegarmos ao hospital, os médicos rapidamente levaram Helena para a sala de emergência. Fiquei na sala de espera, meu coração batendo descontroladamente enquanto esperava por notícias.

Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, um médico finalmente veio até mim.

— Ela está estável agora. O tiro acertou o ombro, mas felizmente não atingiu nenhum órgão vital. Precisamos fazer uma cirurgia para reparar os danos, mas ela vai ficar bem — disse ele, com uma expressão tranquilizadora.

Soltei um suspiro de alívio, as lágrimas finalmente caindo livremente. — Obrigada, doutor. Obrigada.

Fiquei em um impasse se ligava ou não para a família de Helena. Sabia que eles precisavam ser informados, mas queria esperar até que tudo estivesse terminado e que ela estivesse em condição de falar com eles. Decidi que seria melhor dar essa notícia depois que ela saísse da cirurgia, quando pudesse tranquilizá-los pessoalmente.

Sentei-me na sala de espera, tentando manter a calma e a esperança. O tempo passava devagar, cada minuto parecendo uma hora. Finalmente, o mesmo médico voltou com um sorriso tranquilizador.

— A cirurgia foi um sucesso. Helena está na sala de recuperação e logo você poderá vê-la. Ela vai precisar de algum tempo para se recuperar completamente, mas está fora de perigo — informou ele.

Agradeci novamente e fui conduzida até a sala de recuperação. Quando entrei, vi Helena deitada na cama, ainda grogue da anestesia. Seus olhos abriram lentamente quando me aproximei.

— Ari... — murmurou, sua voz fraca, mas presente.

— Estou aqui, meu amor. Você está bem. A cirurgia foi um sucesso — disse, segurando sua mão suavemente.

Ela sorriu levemente, seus olhos refletindo alívio e gratidão. — Obrigada por estar aqui. Você me salvou.

— Não pense nisso agora. O importante é que você está bem — respondi, beijando sua mão.

Depois de algum tempo, Helena estava mais acordada e consciente. Decidi que era hora de ligar para a família dela. Peguei meu telefone e, com a permissão de Helena, fiz a ligação.

Amor sem medidas (LÉSBICO)Onde histórias criam vida. Descubra agora